O Facebook está pensando em uma nova forma de levar Internet a mais pessoas. Com isso em mente, seu CEO, Mark Zuckerberg, anunciou um novo programa que pretende usar drones movidos a energia solar para permitir que moradores de áreas isoladas de todo o mundo tenham acesso à rede mundial de computadores.
Facebook projeto drone para levar internet ao maior número de pessoas (Foto: Reprodução/André Sugai)
Zuckerberg não revelou detalhes específicos sobre o projeto, mas explicou, em um paper publicado no site Internet.org, que os drones possuem várias vantagens técnicas em relação a outros meios de transmissão de dados, como satélites. Alguns dos motivos apontados são que as aeronaves automáticas podem voar perto do solo para maximizar a potência do sinal e que podem ser monitorados com facilidade, além de serem mais baratos e capazes de gerar a energia necessária para funcionar sem depender de outras fontes.
As poucas informações disponíveis sobre o drone apontam que ele terá envergadura de pelo menos 35 m, mais largas que as de um Boeing 737, e painéis solares para se manter voando por meses. Ele será capaz de voar em altitudes de cerca de 20 km, na qual pode emitir sinal forte o suficiente para cobrir a área territorial de uma cidade de médio porte. Esta altura também situa o veículo em um local com clima estável e ventos de pouca velocidade. Isto é importante por que permite que ele conserve energia suficiente para manter as baterias carregadas e continue funcionando à noite.
Drones do Facebook terão envergadura maior que a de um Boing 737 (Foto: Reprodução/Facebook)
A expectativa é que estas condições permitam que os drones permaneçam no ar por meses ou até anos sem interromper o serviço. A altitude também é inferior ao espaço aéreo regulado e usado por outros tipos de aeronaves, o que permitiria que o drone retorne ao solo para manutenção sem queimar na atmosfera, como aconteceria com satélites.
A equipe responsável pela criação dos drones é composta de profissionais da área de aviação e comunicações, incluindo técnicos da NASA e Ames, além da Ascenta, a empresa britânica responsável pelo Zephyr, o drone com maior autonomia de voo que usa energia solar.
Isto é possível porque o feixe do laser usado é menor, o que permite focar a energia em um ponto específico, mas ao mesmo tempo significa que ele deve ser mirado com muita precisão e sem nenhum obstáculo entre os dois pontos, como nuvens ou outras condições climáticas. “É o equivalente a atingir uma moeda que está a 16 km de distância, ou a Estátua da Liberdade da Califórnia”, explica Zuckerberg.Um dos desafios da equipe é combinar a aeronave com FSO (“Óptica espacial livre”), uma tecnologia que permite usar laser para transmitir dados no espaço, aumentando a velocidade da conexão. O sistema garante largura de banda e capacidade similares às atingidas por fibras ópticas ao mesmo tempo em que consumem menos energia que microondas.
Como o projeto ainda está em fase de desenvolvimento, ainda não se sabe quais áreas remotas do mundo seriam contempladas com os drones. A expectativa é que o projeto esteja pronto para ser lançado dentro de poucos anos, assim que todas as limitações, incluindo a apresentada pelo FSO, sejam superadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário