O copiloto alemão Andreas Gunter Lubitz, de 28 anos, é no momento o principal suspeito de ter causado a queda do Airbus A320, da companhia Germanwings, nos alpes franceses, no último dia (24). De acordo com informações dos dados de voz obtidos através da caixa-preta da aeronave, o piloto deixou a cabine e logo após, o copiloto se recusou a abrir a porta para a volta do tripulante.
O procurador francês Brice Robin, deu detalhes mais arrepiantes dos últimos dez minutos na cabine antes do Airbus A320 mergulhar nos Alpes franceses matando 150 pessoas.
Ele disse: “A intenção era destruir o avião. A morte foi instantânea. O avião atingiu a montanha a 700 km/h. Eu não acho que os passageiros perceberam o que estava acontecendo até os últimos momentos, porque de acordo com a gravação ouve-se gritos apenas nos segundos finais”.
O piloto comandante do voo, foi identificado pela imprensa local como sendo o alemão Patrick Sonderheimer.
Robin disse: “Nós ouvimos o piloto pedindo ao co-piloto para assumir a aeronave, logo depois ouvimos o som de uma cadeira sendo empurrado para trás e uma porta fechando, então deduzimos que o comendante foi ao banheiro ou algo assim. Ouvimos várias mensagens do comandante pedindo para entrar, falando através do sistema de interfone, mas não há uma resposta a partir do cockpit. O áudio da gravação capturou o Sr. Sonderheimer furiosamente batendo na porta sem sucesso”.
Robin disse também que Lubitz “voluntariamente” recusou-se a abrir a porta, acrescentando que sua respiração era normal ao longo dos minutos finais do vôo. “Sua respiração não era de alguém que estava lutando. Ele não disse uma única palavra. Era um silêncio total no cockpit nos os últimos dez minutos”. O controle de tráfego aéreo em Marseille chegou a pedir um sinal de socorro, mas não obteve resposta.
“Um pouco antes do impacto final, nós ouvimos o som de um primeiro impacto. Acredita-se que o avião pode ter atingido algo antes do impacto final”, acrescentou Robin.
Sobre o copiloto, Robin disse: “Ele fez isso por uma razão que não sei por que, mas só podemos deduzir que partiu dele o plano de derrubar o avião”.
O copiloto Andreas Lubitz, não tinha vínculos conhecidos com atividades terroristas e havia passado recentemente por uma bateria de exames médicos e psiquiátricos, e estava apto a voar sem qualquer restrição.
No entanto, verificou-se, que Lubitz teve de parar seu treinamento como piloto em 2008, porque ele estava deprimido e sofrendo da Síndrome de Burnout, também chamada de síndrome do esgotamento profissional. Uma amiga de Lubitz confirmou a um jornal local que ele tinha dado uma pausa no treinamento por causa da depressão.
Os pais de Andreas Lubitz, só descobriram que o filho era o principal suspeito depois que viajaram para o local do acidente com as famílias das vítimas. Eles serão interrogados pela polícia em breve.
O perfil de Andreas Lubitz no Facebook foi apagado recentemente, não se sabe ainda se foi ele quem apagou.
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