sábado, 28 de fevereiro de 2015

Cardozo determina que Polícia Federal investigue denúncias do caso SwissLeaks

Cardozo determina que Polícia Federal investigue denúncias do caso SwissLeaks

Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) vai apurar a prática de possíveis atos ilícitos no caso conhecido como SwissLeaks, informou o Ministério da Justiça, em nota divulgada hoje (28). A determinação dada ontem (27) pelo ministro José Eduardo Cardozo ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello, é que se faça "análise, apuração de eventuais ilícitos e adoção das providências cabíveis".
No dia 9 deste mês, o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação divulgou documentos confidenciais sobre o ramo suíço do banco britânico HSBC, que revelam supostos esquemas de evasão fiscal. Na Receita Federal, está em andamento uma investigação de brasileiros com indícios de movimentação financeira no Banco HSBC na Suíça, com base em lista divulgada pelo consórcio. Entre os correntistas envolvidos estão 8,7 mil brasileiros – o que não quer dizer que todos tenham praticado irregularidades.
As denúncias também serão investigadas por uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) no Senado. Ontem (27), com a leitura em plenário do requerimento de criação da CPI do HSBC, o Senado abriu caminho para indicação dos nomes que vão compor o grupo, que terá 11 titulares e seis suplentes. Ainda não há previsão de data para instalação da comissão. A partir daí, o senadores terão 180 para realizar o trabalho.

Inacreditável isso não é exemplo para nada no Planeta!

Rio-TRAFICANTE EXECUTADO NA INDONÉSIA SERÁ HOMENAGEADO COM BUSTO NO RIO DE JANEIRO POR EDUARDO PAES E DILMA. 


Gostaria de citar o decálogo de Lenin:
1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual.
2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação em massa.
3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais.
4. Destrua a confiança do povo em seus líderes.
5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o poder sem nenhum escrúpulo.
6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no Exterior, e provoque o pânico e o desassossego na população.
7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País.
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não os coíbam.
9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes, nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa.
10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.
Obrigado, pela compreensão.


Marco Archer, executado na Indonésia no dia 17 de janeiro por tráfico de drogas, será homenageado com a inauguração de um busto seu na estação Pavuna da Linha 2 do Metrô carioca.
Em 2003 Marco foi pego com 13,4 quilos de cocaína escondidos dentro dos tubos de sua asa delta. Ele morou na ilha indonésia de Bali por 15 anos e falava bem a língua bahasa.
Marco ainda tentou fugir do flagrante. Mas acabou recapturado 15 dias depois, quando tentava escapar para o Timor do Leste. Foi processado, condenado, se disse arrependido. Pediu clemência através de Lula, Dilma, Anistia Internacional e até do papa Francisco, sem sucesso.
Agora o ex-traficante será merecidamente homenageado pela prefeitura do Rio de Janeiro e ganhará um busto como forma de reconhecimento pois representaria os cidadãos cariocas. O prefeito Eduardo Paes diz que tem apoio da presidente Dilma Rousseff e que esta estará presente na solenidade.
 “A morte de Marco representa a luta não só do povo carioca por um mundo mais justo, mas sim de todo o povo brasileiro, daí a importância de se preservar a imagem dessa pessoa que contribuiu muito para o progresso da humanidade”, disse Eduardo Paes.
 “A homenagem faz parte de uns dos projetos da Pátria Educadora. É preciso mostrar para o povo brasileiro o quanto é atrasada a pena de morte em qualquer lugar que seja. Marco era pai de família e devemos estar sensibilizados por ela. Espero que quando as pessoas virem o busto de Marco olhe e lembre o exemplo de civilidade e respeito que ele quis nos transmitir”, disse Dilma em mais recente pronunciamento.
Fonte  o Globo

Abiove compromete-se a recompor preços de fretes em Mato Grosso, diz Aprosoja

Abiove compromete-se a recompor preços de fretes em Mato Grosso, diz Aprosoja

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015 21:06 BRT
 
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(Reuters) - A Associação Brasileira de Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) se comprometeu, por meio de documento oficial, a promover a recomposição dos preços dos fretes em Mato Grosso a partir desta sexta-feira, informou a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) nesta sexta-feira.
O reajuste dos preços dos fretes é uma das principais reivindicações dos caminhoneiros que estão bloqueando estradas no país, em um movimento que já dura dez dias e que tem prejudicado a colheita da safra de soja no Mato Grosso, principal Estado produtor do grão.
Em reunião com o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, o presidente da Aprosoja, Ricardo Tomczyk, reforçou a necessidade de medidas urgentes para minimizar o impacto que as mobilizações dos caminhoneiros têm causado aos produtores rurais e demais setores, disse a associação em nota.
Com o anúncio da recomposição do preço, a expectativa é que a remuneração dos transportadores seja prontamente garantida, acrescentou a entidade.
“A principal intenção, neste momento, é que o fornecimento básico de combustível para a colheita e matérias-primas para as rações sejam restabelecidos”, disse Tomczyk, em nota.
Até o momento, Mato Grosso está com seis pontos bloqueados pelos manifestantes. A capital teve liberação na manhã desta sexta-feira, mas o bloqueio foi retomado no período da tarde.
(Por Juliana Schincariol)

Crítico de Putin é morto em Moscou; presidente russo lamenta Putin condenou o assassinato do líder opositor. O presidente pretende supervisionar pessoalmente a investigação




O presidente russo, Vladimir Putin, participa de uma cerimônia no Túmulo do Soldado Desconhecido, ao lado do Kremlin, em Moscou, na Rússia, nesta segunda-feira. 23/02/2015
Foto: Sergei Karpukhin / Reuters
Ex-vice-primeiro-ministro oris Nemtsov era um dos maiores críticos do presidente russo e um dos líderes oposição. Crime ocorre às vésperas de grande protesto contra o governo.
O ex-vice-primeiro-ministro Boris Nemtsov, um das principais vozes de oposição ao presidente Vladimir Putin, foi morto alvejado por ao menos quatro tiros no centro de Moscou na noite desta sexta-feira (27/02).
"De acordo com informações preliminares, uma pessoa não identificada disparou contra Boris Nemtsov nada menos do que sete a oito vezes a partir de um carro enquanto ele caminhava na ponte Bolshoi Moskvoretsky", disse o porta-voz do Comitê de Investigação russo, Vladimir Markin.
O crime teria sido presenciado por várias testemunhas, entre elas uma mulher ucraniana que o acompanhava. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que Putin condenou o assassinato do líder opositor. Segundo ele, o presidente vai supervisionar pessoalmente a investigação.
Ainda de acordo com o porta-voz, Putin afirmou que a morte de Nemtsov parece ser um assassinato encomendado e classificou o crime como "brutal" e uma "grande provocação".
Ucrânia e Kiev assinam acordo de cessar-fogo
Nemtsov lançou carreira política como governador da região de Níjni Novgorod, na Rússia central, e se tornou vice-primeiro-ministro do país no final da década de 90, sob a presidência de Boris Ieltsin.
Ele e é considerado um dos arquitetos da reforma econômica liberal russa. Depois de deixar o Parlamento, em 2003, Nemtsov ajudou a criar e liderar diversos partidos e grupos de oposição.
"Desvastado por ouvir sobre o assassinato brutal do meu colega opositor de longa data Boris Nemtsov. Baleado quatro vezes, uma para cada filho que ele deixa", afirmou o ativista opositor e enxadrista Garry Kasparov.
Crítico ferrenho de Putin, Nemtsov era copresidente da coligação entre Partido Republicano da Rússia e Partido da Liberdade Popular (RPR-PARNAS). Por ter protestado nas ruas contra as prisões de opositores de Putin, ele próprio teve que passar alguns dias preso, há um ano.
No próximo domingo, Nemtsov participaria da primeira grande manifestação da oposição na capital russa em meses.

Janot revela que teve residência arrombada no fim de janeiro

27/02/2015 15h27 - Atualizado em 27/02/2015 21h39

Janot revela que teve residência arrombada no fim de janeiro

Procurador-geral confirmou que teve segurança reforçada recentemente.
Na próxima semana, Janot deverá denunciar políticos citados na Lava Jato.

Fernanda ResendeDo G1 Triângulo Mineiro
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, revelou nesta sexta-feira (27), em Uberlândia (MG), que a residência dele, em Brasília, foi arrombada no fim de janeiro. Segundo o chefe do Ministério Público, que deverá solicitar na próxima semana pedidos de abertura de inquérito contra políticos citados na Operação Lava Jato, os criminosos furtaram apenas o controle remoto do portão da garagem.
Nesta quinta (26), a equipe de segurança do procurador-geral se reuniu na sede da Procuradoria, em Brasília, para discutir estratégias de reforço da proteção de Janot. No dia anterior, o procurador teria sido informado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de que a área de inteligência da Polícia Federal (PF) detectou “riscos” a sua segurança e que ele deveria reforçar a proteção policial.
Questionado sobre se tem sido intimidado pelo crime organizado ou por autores de crimes de corrupção, o procurador-geral da República respondeu que ainda não sabe a origem das intimidações. No entanto, ele contou que já houve um caso concreto de segurança no momento em que invadiram sua casa e que, a partir de então, foram tomadas medidas para reforçar sua segurança.
"Minha casa foi arrombada no fim de janeiro. Por conta dos alarmes, essas pessoas tiveram, no mínimo, oito minutos na minha casa. Levaram um controle para abrir portão de garagem. Dentro da minha casa tinha pistola .40 com três carregadores, 14 balas cada um, máquina fotográfica, um monte de coisas de valor, e a única coisa que foi levada foi o controle remoto do portão. De lá para cá, eu tenho recebido relatórios de inteligência, e, nos últimos, parece que aumentou o nível de risco, por isso as precauções que falei", contou Janot em Uberlândia, durante evento em repúdio aoatentado contra o promotor de Justiça de Monte Carmelo (MG) Marcus Vinícius Ribeiro.
Procurador participou de ato em Uberlândia nesta sexta-feira (Foto: Fernanda Resende/G1)Procurador participou de ato em Uberlândia nesta
sexta-feira (Foto: Fernanda Resende/G1)
O promotor de Justiça mineiro foi vítima de um atentado, no fim de semana passado, em frente à sede da Promotoria em que trabalhava. Segundo informações da Polícia Militar, Ribeiro saía do local quando um motociclista se aproximou e efetuou 15 disparos na traseira do veículo dele. Apesar de três projéteis terem atingido suas costas, o promotor de Justiça sobreviveu.
Janot relatou que fez questão de participar do ato de repúdio para demonstrar que o Ministério Público está unido. Segundo ele, a reação institucional a qualquer atentado ou ameaça a integrantes da instituição "deve ser imediata e eficiente". "Esta é a razão da minha presença aqui”, enfatizou.
Segurança
Ao ser indagado por jornalistas sobre se teme por sua segurança, o procurador-geral da República afirmou que "fatos concretos" que têm ocorrido ultimamente, como o arrombamento a sua residência, o levaram a adotar algumas providências. Ele não comentou quais medidas foram adotadas por sua equipe de segurança.
"Eu não sou uma pessoa assombrada, mas alguns fatos concretos têm me levado a adotar algumas regras de contenção.”

Ruim com Coronel Kadafi e Saddam pior sem eles o mundo paga por isso

Como saques e contrabando de antiguidades ajudam a financiar o 'EI'

BBC ouviu contrabandistas, comerciantes e autoridades para investigar comércio proibido pela ONU; rotas saem da Síria e passam pela Turquia e Líbano até chegar à Europa.

Simon CoxDa BBC, no Líbano
Desde o início do conflito, aumentou a ameaça ao patrimônio histórico da Síria (Foto: BBC)Desde o início do conflito, aumentou a ameaça ao
patrimônio histórico da Síria (Foto: BBC)
O comércio de antiguidades é uma das principais fontes de dinheiro do grupo autodenominado 'Estado Islâmico' (EI), junto com petróleo e sequestros.
Por isso, na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU proibiu todo o comércio de artefatos históricos vindos da Síria e acusou militantes do grupo extremista de saquear a herança cultural para aumentar sua capacidade de "organizar e realizar ataques terroristas".
A BBC investigou este comércio e as rotas que saem da Síria e passam pela Turquia e Líbano até chegar à Europa.
O contrabandista
Foram necessários vários telefonemas e muita persuasão para nos encontrarmos com um homem que vamos chamar de "Mohammed".
Ele tem 21 anos, é de Damasco, mas agora trabalha no vale do Bekaa, na fronteira entre a Síria e oLíbano.
Nos encontramos em um apartamento na região central de Beirute e o jovem descreve em voz suave como começou a contrabandear antiguidades roubadas da Síria.
"Há três amigos em Aleppo com quem negociamos, eles trazem (o material) de lá até a fronteira, e pagam um taxista para trazê-lo para dentro (do país) ", disse.
Ele é especialista em objetos pequenos, mais fáceis de transportar. Mas, segundo ele, até o contrabando destes está muito arriscado.
"Tentamos muito conseguir os objetos de mais valor, brincos, anéis, estatuetas...", disse Mohammed.
O contrabandista consegue um bom lucro, mas conta que outros "já venderam peças no valor de US$ 500 mil (cerca de R$ 1,4 milhão), algumas por US$ 1 milhão (R$ 2,8 milhões)".
Quando pergunto quem lucra e quem controla o contrabando na Síria, a voz suave fica mais dura.
"(Os membros do) EI são os principais fazendo isto. Eles estão no controle do negócio, eles roubaram os museus, principalmente em Aleppo. Eles têm conexões com outros países (...) e enviam para esses lugares usando estas conexões."
Mohammed ainda está envolvido com comércio na fronteira, mas não lida mais com antiguidades. "A punição é muito dura. Eles te acusam de ser do 'EI'", afirmou.
O intermediário
Para vender antiguidades roubadas, você precisa de um intermediário que, no nosso caso, vamos chamar de "Ahmed". Ele é do leste da Síria, mas agora está em uma cidade no sul da Turquia - que ele pede para não ser identificada.
Quando conversamos pelo Skype, ele me mostra uma manta estendida no chão onde estão vários artefatos: estatuetas de animais e figuras humanas, vidros, jarros e moedas. Eles foram encontrados nos últimos meses.
"Estes vieram do leste da Síria, de Raqqa, todas as áreas controladas pelo 'EI'", disse.
O "Estado Islâmico" tem um papel de peso no controle do comércio, segundo Ahmed. Qualquer um que queira fazer escavações arqueológicas precisa de uma permissão dos inspetores do "EI", que monitoram as descobertas e destroem qualquer objeto que represente a figura humana, o que é visto como idolatria.
O grupo também coleta um imposto de 20% sobre este objetos.
Este comércio pode ser muito lucrativo.
"Vi uma peça sendo vendida por US$ 1,1 milhão (R$ 3,1 milhões). Era um objeto do ano 8.500 a.C.", afirmou o intermediário.
Ele mostra os objetos pela webcam, dizendo que pagou muito por eles. O destino final delas é a Europa Ocidental.
"Comerciantes turcos vendem para negociantes na Europa. Eles ligam para eles, enviam fotos... pessoas da Europa vem checar as mercadorias e as levam embora."
Ahmed terá de devolver estes objetos para seus contatos na Síria, já que não vou comprar nada. Ele diz que não pretende retornar a seu país. "Se voltar, serei morto', diz ele.
O negociante
Na vitrine de uma loja comum para turistas no centro de Beirute estão antigas lâmpadas a óleo, anéis e objetos de vidro. O dono da loja, um homem de mais de 40 anos, diz que a maioria das "antiguidades" é falsa.
Mas ele garante que tem peças genuínas, de cerca de mil anos de idade.
Demonstro interesse por mosaicos, pois arqueólogos me disseram que estas peças com certeza seriam as mais comuns entre as saqueadas atualmente, o que significa que há grandes chances de serem da Síria.
"Se você estiver falando sério, podemos ter uma negociação séria... sempre tem um jeito", diz o dono da loja.
Pergundo se é legal e ele, sorrindo, me diz que a única forma de transportar estas peças legalmente é com documentação oficial de um museu dizendo que elas estão regularizadas para exportação.
Ele me explica que, se a peça for pequena, posso levar comigo, mas corro o risco de ser pego. Com o pagamento de uma taxa, ele se dispõe a enviá-la para a Grã-Bretanha.
Nos despedimos e ele me entrega um cartão de visitas.
"O comércio ilícito é gerenciado como um negócio profissional, com escritórios e cartões de visita e você pode comprar antiguidades do Líbano, mas também da Síria ou Iraque", diz Arthur Brand, investigador de Amsterdã que ajuda a recuperar antiguidades roubadas e tem experiência no Líbano.
As ligações entre contrabandistas e negociantes é um segredo sujo que o mundo da arte não quer reconhecer, segundo Brand.
O policial
Nicholas Saad é um policial chefe do escritório de roubo internacional do Líbano. Em seu escritório, há fotos de grandes bustos romanos apreendidos em uma busca recente no Líbano.
No telhado da delegacia, olhamos para o leste, além das montanhas, onde está a fronteira com a Síria e por onde os refugiados entram no país e são explorados por gangues de contrabandistas.
"Os refugiados vêm em grandes números e as gangues colocam peças entre os pertences dos refugiados", disse o policial.
Desde o início do conflito, ele notou um aumento no contrabando de artefatos saqueados, vindos principalmente de "Raqqa, (a base) do Estado Islâmico".
A equipe de Saad já apreendeu centenas de artefatos sírios que, segundo um arqueólogo, são valiosos e "do período romano, do período grego, anos antes de Cristo".
Mas, o policial afirma que estas peças não ficam no Líbano, elas vão para a Europa.
O tesouro
No Museu Nacional de Beirute estão tesouros romanos, bizantinos e muitos outros, alguns de até 3 mil anos de idade.
Escondidos do público, em uma sala abaixo da galeria principal, estão as antiguidades saqueadas que aguardam para ser devolvidas para a Síria.
Assaad Seif, arqueólogo e chefe de escavações da Diretoria Geral de Antiguidades de Beirute, nos leva até uma sala onde estão cerâmicas e esculturas. Mas, os objetos mais valiosos estão em um armazém.
"Temos esculturas funerárias enormes, representando homens e mulheres, usadas para fechar as tumbas da (antiga cidade de) Palmira (na Síria)", disse.
A maioria dos objetos apreendidos vem de escavações e não de roubos em museus. Os saqueadores têm como alvo armazéns em locais históricos como Palmira, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Seif afirma que estes armazéns têm objetos que ainda não foram listados ou catalogados e os contrabandistas acham que pode ser mais fácil vendê-los.
Depois de alguma persuasão, Seif finalmente fala em valores.
"Temos uma dezena de objetos que seriam vendidos por US$ 1 milhão (cada) no mercado aberto", afirmou.
O destino
Foram dias até conseguirmos chegar a Maamoun Abdulkarim, arqueólogo que comanda o departamento de antiguidades da Síria, em Damasco. E ele está indignado.
"Nos locais sob controle do 'EI' temos um desastre, muitos problemas. O 'EI' ataca todas as coisas apenas por dinheiro. É a nossa memória, nossa identidade", disse.
É impossível deter os saques, mas ele afirma que é possível fazer mais para evitar o comércio.
"Temos certeza, através de todas as fontes, que muitos objetos vão da Síria para a Europa, Suíça, Alemanha, Grã-Bretanha - e países do Golfo (Pérsico) como Dubai e Catar", disse.
Todos os ouvidos nesta reportagem disseram que o mercado principal é a Europa.
Vernon Rapley já liderou o esquadrão de artes e antiguidades da Polícia Metropolitana de Londres e agora é chefe de segurança do Museu Victoria e Albert.
Ele ainda tem contatos na polícia e tem certeza de que os artefatos da Síria estão sendo vendidos na Grã-Bretanha. Para Rapley, o comércio destas antiguidades precisa ser considerado "socialmente repugnante e inaceitável" para que, no futuro, "não tenhamos decoradores procurando por estas coisas para enfeitar domicílios alheios".
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Presidenciais: Nascem como cogumelos

Presidenciais: Nascem como cogumelos

Se à direita havia vários pré-candidatos a Belém, a esquerda também já tem nomes para todos os gostos. O mais bem colocado é António Vitorino, mas, no PS, há quem o conteste... Veja como se mexem as peças no tabuleiro das presidenciais

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A deputada Ana Gomes foi a primeira a dar a cara, mas há outros socialistas descontentes: se a antiga embaixadora aponta a António Vitorino o pecado de estar ligado "aos negócios", outros temem que ele possa vir a ser o padrinho do Bloco Central.
Vários nomes sonantes do grupo parlamentar do PS ficaram desconfiados quando António Costa elogiou o governo PS/PSD, liderado por Mário Soares, entre 1983 e 1985.
E de tal forma, que o secretário-geral do PS teve de vir a público pôr água na fervura, delimitando os elogios à coligação entre socialistas e sociais-democratas a um determinado período histórico. Logo a seguir, porém, António Vitorino, cuja desconfiança relativamente a alianças à esquerda é bem conhecida, aparece como o plano B, apoiado por António Costa, para o caso de Guterres recusar avançar. E algumas campainhas de alarme soaram, tanto mais que o advogado, comentador televisivo e ex-ministro de Guterres andará a mexer-se no sentido de, finalmente, "concorrer a qualquer coisa" em nome do Partido Socialista. Apesar disso, o discurso oficial é calmo e apaziguador.
As fontes parlamentares socialistas contactadas pela VISÃO afirmam estar "confortáveis " com a possibilidade de o candidato ser o ex-comissário europeu. "Alguém falou nele como um facilitador de negócios, mas isso é um disparate", diz, mesmo, um parlamentar, referindo-se, presumivelmente, a declarações recentes de Ana Gomes.
Guterres ainda na agenda
No PS, porém, António Guterres ainda é o mais desejado. Embora haja sinais de que prefere não regressar à política nacional (ficará no seu cargo da ONU até ao final deste ano), ainda não deu uma resposta definitiva. Precavido, António Costa já falou com António Vitorino, mas a decisão não está, de todo, fechada.
Os socialistas mais à esquerda apoiariam a escolha de alguém com o perfil de Ferro Rodrigues, que já terá considerado a hipótese. Carlos César, que se tem notabilizado, ao longo dos últimos anos, pelas violentas críticas a Cavaco Silva, e que António Costa foi buscar para presidente do PS, é outro dos nomes falados.
E há quem defenda um candidato com um perfil independente, como Carvalho da Silva, ex-líder da CGTP, que tem o handicap de apelar pouco ao eleitorado do centro. Já o ex-reitor da Universidade de Lisboa, Sampaio da Nóvoa, desejado por alguns, disse estar "disposto a tudo" para haver mudança. Mas o nome não é pacífico, pelo menos, no grupo parlamentar: "Nem pensar", diz um deputado. "Uma pessoa que se propõe ser Presidente não pode dizer 'se houver outro caso BES saio do País'", frase que Nóvoa proferiu há umas semanas. Outro parlamentar diz que o ex-reitor estaria melhor "num cargo governamental ligado à sua área" e António Costa parece contar com ele, a julgar pelo convite que lhe endereçou para discursar no último congresso do PS. A notoriedade é outra preocupação: para que Nóvoa se tornasse mais conhecido, o seu nome tinha de ser lançado já.
O que não parece provável: "Quem tem interesse em saber, o quanto antes, quem é o candidato do PS é o Marcelo e o Santana. Depois disso é que vão decidir a vida deles", diz um dirigente socialista. Ora, o que mais interessa ao PS, neste momento, são as legislativas. "Estamos concentrados em constituir um Governo forte" e as presidenciais "não são uma questão essencial" eis o discurso para fora.
Portas irrevogável?
À direita, o burburinho não é menor. Enquanto Passos Coelho e Paulo Portas não selam acordo sobre o futuro, PSD e CDS vão especulando sobre as presidenciais. O estado-maior do PSD tem passado por um período de stresse, temendo que uma eventual candidatura presidencial de Paulo Portas baralhe as contas das presidenciais e enfraqueça a coligação. Segundo esta teoria, discutida informalmente por dirigentes sociais-democratas, Portas estaria a preparar-se para assinar o acordo de coligação pré-eleitoral e, depois, sairia da liderança do CDS, promovendo o "desmame" do partido e encontrando numa candidatura presidencial uma saída airosa da política partidária e do Governo. Assunção Cristas seria a sucessora (se Maria Luís Albuquerque substituísse Passos, a direita ficaria com uma liderança totalmente feminina). No entanto, dirigentes centristas desmentem os motivos dos supostos receios sobre as intenções escondidas de Portas. No CDS, esta teoria é acolhida com a maior das surpresas. "Nunca ouvi falar disso", "improvável", "quem teria interesse nessa teoria?" e "que coisa tão conspirativa!" são apenas algumas das reações recolhidas. Mais: se Portas estivesse de olho na Presidência da República, Santana Lopes, por exemplo, provavelmente não se manteria na reserva presidencial. Ora, apurou a VISÃO, o líder centrista já comunicou a Pedro Santana Lopes que não estava interessado em entrar na corrida. Será esta uma decisão irrevogável?
Para todos os gostos
Com ou sem Portas, os presidenciáveis continuam a nascer como cogumelos. Voltemos, por exemplo, ao caso do PS: Jaime Gama foi um dos primeiros nomes a vir à baila. E não saiu de cena. Uma deputada afirma que "estamos numa altura em que vários aspetos fundamentais da democracia têm sido postos em causa" e, por isso, gostaria de ver Gama em Belém. "É um fundador do PS, lutou pela liberdade e tem argúcia política." O facto de estar afastado da cena política há algum tempo não lhe seria desfavorável, pelo contrário. Segundo a deputada "é uma mais-valia não ter andado na guerrilha".
A quota feminina para a presidência, por seu lado, também já foi preenchida com os nomes de Maria de Belém "teria a sua graça", refere um ex-dirigente - e de Helena Roseta, avançado por Álvaro Beleza. Na verdade, não há memória de umas presidenciais terem tido tantos putativos candidatos, nomes lançados para ver reações ou táticas políticas para pôr o tema na agenda. Marcelo Rebelo de Sousa tem sido exímio na arte de esgrimir argumentos que não deixem morrer o assunto na comunicação social, assim como o avanço-não-avanço de Santana Lopes ou a vaga de fundo que Rui Rio aguarda. E ainda falta Alberto João Jardim, que reforçou o seu discurso crítico contra a austeridade e já se mostrou disponível para avançar. Uma dor de cabeça que Passos Coelho bem dispensava...
Para não falar de Marinho e Pinto. O ex-bastonário da Ordem dos Advogados entrou como um furacão nas últimas europeias e conseguiu que o Partido da Terra, pelo qual concorreu, o conseguisse eleger a ele e ao segundo colocado na lista. A partir daí, o seu nome passou a ser incontornável quando se fazem contas para futuras coligações ou para eleições nacionais. Ora, Marinho e Pinto declarou que poderia, também, concorrer à Presidência da República, ameaçando provocar, com uma candidatura independente, estragos similares aos que Fernando Nobre conseguiu produzir nas últimas presidenciais.
Certo é que, até agora, com ou sem vagas à direita, com independentes ou sem eles, o nome de Guterres é um tsunami nas sondagens: ganha a Marcelo, Santana e Rio. E o mesmo acontece com Vitorino que, na consulta da Eurosondagem, publicada no Expresso, também batia os três.
Passos e Portas reunidos
Apesar de os líderes dos dois partidos não levantarem o véu sobre o assunto, os encontros entre os dois (e os dois apenas) para discutir os termos da coligação são dados como certos. "Têm falado mais do que se julga", refere fonte próxima do primeiro-ministro. Para Passos, "ainda é tempo para governar. É governando que ele chega onde quer. Mas, claro, para outros é tempo de fazer política...", refere a mesma fonte. Esta é uma explicação para o burburinho instalado à volta da suposta candidatura presidencial de Paulo Portas. Outra é a de que é altura de criar confusão, porque "há muita gente, dentro do PSD e do CDS, que não morre de amores pela coligação".
Assim, à direita, os nomes são todos do PSD: Marcelo, Rio, Santana. Durão Barroso seria a primeira escolha de Passos Coelho, mas o ex-presidente da comissão europeia não quer. Rui Rio vem a seguir, mas o ex-autarca do Porto é tido como tendo um perfil mais executivo e um putativo sucessor de Passos na liderança, caso o primeiro-ministro abandone o cargo, face a uma hipotética derrota eleitoral. Caso abandone... o que, segundo fontes próximas do presidente do PSD e primeiro-ministro, pode perfeitamente não acontecer: "Um governo minoritário do PS não se aguenta e teremos eleições em 2017. Então, a coligação pode regressar em força."
CDS não se mete
Entre os democratas-cristãos, o ambiente parece ter serenado. O gabinete de estudos tem estado a reunir ideias "que tanto são úteis se formos em aliança, porque será o nosso contributo, como são úteis se formos autonomamente, porque serão o nosso programa", como disse Paulo Portas, em dezembro. E a campanha à volta do slogan "Portugal é capaz" não tem parado de crescer. Mas fonte próxima do líder confirma que a questão da coligação "está muito mais resolvida entre os dois" do que transparece. Só não é altura, ainda, de firmar nada. Neste momento, refere a mesma fonte, convém manter o silêncio. Porque "quem tem mais reservas sobre as presidenciais [que deverão constar do acordo entre os dois partidos] é Passos. Tanto Rio, como Marcelo ou Santana dividem o PSD", diz a mesma fonte, deixando claro que esse problema não é do CDS nem os centristas têm interesse em meter-se. "Parece-me óbvio que damos prioridade às legislativas", garante um alto dirigente do CDS, remetendo a questão presidencial para o campo da conspiração.
Ou da culinária. Se eles nascem como cogumelos, alguns podem ser bem venenosos. No mínimo, as presidenciais estão a revelar-se um prato bastante indigesto tanto para Passos Coelho como para António Costa.


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