quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Caminhoneiros se dividem sobre propostas do governo para encerrar bloqueios

Caminhoneiros se dividem sobre propostas do governo para encerrar bloqueios

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015 10:20 BRT
 
BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - Representantes dos caminhoneiros que participaram de reunião com governo e empresários na quarta-feira avaliaram positivamente as propostas apresentadas e estão orientando os caminhoneiros a acabar com os bloqueios nas estradas antes de novas negociações, mas o líder do chamado Comando Nacional dos Transportes disse que as promessas não foram aceitas.
Nesta manhã, ainda havia 57 bloqueios em 27 rodovias federais no Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, segundo o Bom Dia Brasil, da TV Globo. Na véspera, eram mais de 90 pontos de bloqueio em dez Estados.
O governo prometeu sanção sem vetos da lei que reduz custos dos setor e carência de 12 meses para o pagamento de financiamentos de caminhões. Também será criada uma tabela referencial de frete por meio de negociação entre empresários e caminhoneiros, que pediram a mediação do governo para isso.
Além disso, a Petrobras garantiu seis meses sem aumento do diesel.
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) disse que considera que houve avanços históricos em pontos das reivindicações e que está levando a proposta via rádio aos caminhoneiros para que eles decidam se desbloquearão as estradas ou não.
A orientação é que os caminhoneiros acabem com os bloqueios para avançar nas negociações com o governo antes da próxima rodada de negociação, que ocorrerá em 10 de março, para discutir os pontos que não foram atendidos.
Apesar de ter avaliado positivamente a proposta do governo, a CNTA não garantiu que os bloqueios vão acabar, uma vez que o movimento foi iniciado de forma autônoma e espontânea pelos caminhoneiros.
Já Ivar Luiz Schmidt, líder do movimento Comando Nacional do Transporte, disse à Reuters que não aceitava os termos do acordo.
Schmidt disse que seu movimento "não aceitou nenhum dos termos que o governo propôs". "Nós continuamos o movimento", disse ele, afirmando ter o comando de pelo menos 100 pontos de bloqueio em rodovias federais e estaduais.  

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