sábado, 28 de fevereiro de 2015

Janot revela que teve residência arrombada no fim de janeiro

27/02/2015 15h27 - Atualizado em 27/02/2015 21h39

Janot revela que teve residência arrombada no fim de janeiro

Procurador-geral confirmou que teve segurança reforçada recentemente.
Na próxima semana, Janot deverá denunciar políticos citados na Lava Jato.

Fernanda ResendeDo G1 Triângulo Mineiro
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, revelou nesta sexta-feira (27), em Uberlândia (MG), que a residência dele, em Brasília, foi arrombada no fim de janeiro. Segundo o chefe do Ministério Público, que deverá solicitar na próxima semana pedidos de abertura de inquérito contra políticos citados na Operação Lava Jato, os criminosos furtaram apenas o controle remoto do portão da garagem.
Nesta quinta (26), a equipe de segurança do procurador-geral se reuniu na sede da Procuradoria, em Brasília, para discutir estratégias de reforço da proteção de Janot. No dia anterior, o procurador teria sido informado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de que a área de inteligência da Polícia Federal (PF) detectou “riscos” a sua segurança e que ele deveria reforçar a proteção policial.
Questionado sobre se tem sido intimidado pelo crime organizado ou por autores de crimes de corrupção, o procurador-geral da República respondeu que ainda não sabe a origem das intimidações. No entanto, ele contou que já houve um caso concreto de segurança no momento em que invadiram sua casa e que, a partir de então, foram tomadas medidas para reforçar sua segurança.
"Minha casa foi arrombada no fim de janeiro. Por conta dos alarmes, essas pessoas tiveram, no mínimo, oito minutos na minha casa. Levaram um controle para abrir portão de garagem. Dentro da minha casa tinha pistola .40 com três carregadores, 14 balas cada um, máquina fotográfica, um monte de coisas de valor, e a única coisa que foi levada foi o controle remoto do portão. De lá para cá, eu tenho recebido relatórios de inteligência, e, nos últimos, parece que aumentou o nível de risco, por isso as precauções que falei", contou Janot em Uberlândia, durante evento em repúdio aoatentado contra o promotor de Justiça de Monte Carmelo (MG) Marcus Vinícius Ribeiro.
Procurador participou de ato em Uberlândia nesta sexta-feira (Foto: Fernanda Resende/G1)Procurador participou de ato em Uberlândia nesta
sexta-feira (Foto: Fernanda Resende/G1)
O promotor de Justiça mineiro foi vítima de um atentado, no fim de semana passado, em frente à sede da Promotoria em que trabalhava. Segundo informações da Polícia Militar, Ribeiro saía do local quando um motociclista se aproximou e efetuou 15 disparos na traseira do veículo dele. Apesar de três projéteis terem atingido suas costas, o promotor de Justiça sobreviveu.
Janot relatou que fez questão de participar do ato de repúdio para demonstrar que o Ministério Público está unido. Segundo ele, a reação institucional a qualquer atentado ou ameaça a integrantes da instituição "deve ser imediata e eficiente". "Esta é a razão da minha presença aqui”, enfatizou.
Segurança
Ao ser indagado por jornalistas sobre se teme por sua segurança, o procurador-geral da República afirmou que "fatos concretos" que têm ocorrido ultimamente, como o arrombamento a sua residência, o levaram a adotar algumas providências. Ele não comentou quais medidas foram adotadas por sua equipe de segurança.
"Eu não sou uma pessoa assombrada, mas alguns fatos concretos têm me levado a adotar algumas regras de contenção.”

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