O resveratrol - um polifenol que pode ser encontrado no vinho tinto - há muito que divide a comunidade científica sobre as suas possíveis potencialidades no rastreio de doenças cardíacas ou cancerígenas. Ao longo dos anos têm-se realizado estudos que corroboram esta tese, mas outros tantos não atribuem ao polifenol a conotação de "elixir da juventude".
Um estudo recente, liderado pelo Dr. Hans Degens, da Universidade Metropolitana de Manchester, debruça-se precisamente sobre este assunto que representa alguma controvérsia entre a comunidade científica.
Testes realizados em laboratório incidiram no ciclo de regeneração do músculo, que se inicia com a ativação de precursores de células musculares conhecidas por "satélites". Entre as várias conclusões, a pesquisa fundamenta que o resveratrol, consumido em grandes quantidades, pode inverter o processo de regeneração muscular e, portanto, acelerar o processo de envelhecimento. "Analisámos se o resveratrol tinha a capacidade para impulsionar a reparação muscular e reduzir o stress oxidativo", avançou o Dr. Hans Degens.
As conclusões podem levar à desilusão daqueles que consideravam o resveratrol como um grande aliado no combate às doenças cardiovasculares, cancro e Alzheimer.
"Os resultados mostraram que os efeitos dependem da quantidade embora não tenha ficado claro, a partir dos resultados equívocos, se beber vinho ou comer chocolate contribuiu para o anti-envelhecimento, a reparação muscular, ou para o seu oposto", pode ler-se no jornal Scientific Report.