O happy hour em um bar do Leblon, na Zona Sul do Rio, foi embalado pelo tom político e por músicas de Chico Buarque na noite desta terça-feira (29). Muitas pessoas se reuniram no local para manifestar apoio ao cantor e compositor que foi hostilizado por um grupo de jovens na semana passada por causa de suas posições políticas.
O bar estava lotado e a calçada tomada por pessoas de várias idades. Garçons afirmaram que o movimento era típico para uma noite de verão carioca. Mas o evento, organizado pelas redes sociais, pode ter impactado no público do bar. Mais de 24 mil pessoas haviam confirmado presença no "Rolezinho com Chico Buarque no Leblon", como foi apelidado o evento.
Um grupo pintava camisas, com a técnica de silk, com o rosto do cantor e com frases como "Golpe nunca mais" e "#TodxsdeChico". Muitos aguardavam a presença do ídolo, que até as 21h não havia comparecido. O público cantou músicas consagradas, como "A banda" e "Apesar de você" - canção considerada um hino de repúdio à ditadura militar (assista ao vídeo).
O bar estava lotado e a calçada tomada por pessoas de várias idades. Garçons afirmaram que o movimento era típico para uma noite de verão carioca. Mas o evento, organizado pelas redes sociais, pode ter impactado no público do bar. Mais de 24 mil pessoas haviam confirmado presença no "Rolezinho com Chico Buarque no Leblon", como foi apelidado o evento.
Um grupo pintava camisas, com a técnica de silk, com o rosto do cantor e com frases como "Golpe nunca mais" e "#TodxsdeChico". Muitos aguardavam a presença do ídolo, que até as 21h não havia comparecido. O público cantou músicas consagradas, como "A banda" e "Apesar de você" - canção considerada um hino de repúdio à ditadura militar (assista ao vídeo).
Entre os manifestantes estava a jornalista Graça Lago, de 64 anos, que usava uma camiseta estampada com o rosto de Chico Buarque. Ela disse que, mais do que prestar apoio ao músico, estava lá motivada por uma questão ideológica.
"A gente vive momento de intolerância, em que todo mundo tem que se posicionar. É hora de cada cidadão lutar contra o ódio. As pessoas têm que aprender a respeitar a democracia, o voto, a opinião do outro", afirmou Graça.
"A gente vive momento de intolerância, em que todo mundo tem que se posicionar. É hora de cada cidadão lutar contra o ódio. As pessoas têm que aprender a respeitar a democracia, o voto, a opinião do outro", afirmou Graça.
Ela criticou ainda as ofensas sofridas pelo músico. "Chamar o Chico de 'm...' é absoluto desconhecimento do que é a arte neste país. Chico Buarque é um patrimônio da nossa cultura", defendeu.
Ofensas na saída de bar
Na noite da segunda-feira (21), o músico saía de um restaurante no bairro quando foi questionado por jovens sobre o fato de ser petista. Na ocasião, ele ouviu ironias sobre um apartamento que teria em Paris. 'Você é um m****, quero ouvir da sua boca: quem apoia o PT o que é?', perguntou um dos jovens. 'É petista', respondeu Chico Buarque. O vídeo da discussão viralizou pelas redes sociais.
Nas imagens, Chico aparece em meio ao bate-boca em que frases como “Petista, vá morar em Paris. O PT é bandido” podem ser ouvidas. Chico ouve, sorri e diz que o grupo é influenciado por veículos de comunicação: “Eu acho que o PSDB é bandido”, afirma.
O cineasta Cacá Diegues, que estava com o cantor, apenas acompanhava a discussão de longe, sorrindo. Apesar do tom exaltado dos interlocutores, tudo terminou na mais perfeita paz.
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