quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

31/12/2015 12h00 - Atualizado em 31/12/2015 12h00 Cidades paulistas cancelam queima de fogos "em respeito aos animais" É possível o espetáculo sem explosão! Clara demonstração de respeito aos animais.



Em nota, a prefeitura justificou que o cancelamento é em "respeito aos animais"

As cidades de Castilho e Penápolis, no noroeste de São Paulo, não farão a tradicional queima de fogos de artifício no réveillon. O cancelamento visa evitar o sofrimento de cachorros e gatos, mas a crise econômica também pesou na decisão dos prefeitos tucanos das duas cidades.

"As duas coisas pesaram, mas a parte econômica pesou muito mais. Cães e gatos sofrem muito e têm a audição afetada. Eles se assustam com o barulho (dos fogos) e ficam loucos, procurando um lugar para se esconder", diz Marco Apolinário, assessor de Imprensa da prefeitura de Castilho, acrescentando que a cidade, de 20 mil habitantes, tem mais de seis mil cachorros e quase 2,8 mil gatos.

Com o cancelamento, Castilho vai economizar em torno de R$ 12 mil. "Vamos aplicar esse dinheiro em outras áreas, como a Saúde", afirmou o assessor. Antes de tomar a medida, a Prefeitura ouviu a população e a Associação Protetora dos Animais de Castilho (Apaca). "A Apaca lembrou que a queima de fogos causa grande prejuízo aos animais, como danos na audição. Também levamos em consideração o apoio de 80% da população", concluiu o assessor.

A operadora de caixa Iara Dias da Silva, de 24 anos, é a favor do cancelamento. "Tenho uma gata que peguei na rua, ela se assusta com o barulho dos fogos e se esconde. Percebo que a minha gatinha sofre muito", explicou.

Também para evitar que os cachorros e os gatos fiquem estressados, a cidade de Penápolis resolveu seguir o exemplo de Castilho e não vai soltar fogos na passagem do ano.

Em nota, a prefeitura justificou que o cancelamento é em "respeito aos animais" e que "o barulho dos fogos de artifício causa grande dor aos animais e prejudica sua audição".

A queda na arrecadação também pesou na decisão. A ordem é priorizar outras áreas, como a Saúde. A nota também lembra que "pedidos da comunidade e entidades" foram decisivos para não soltar fogos no réveillon.

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