Por Fernando Braga
“E aí, esse Jeep é tudo isso, mesmo?”, me questiona o frentista no momento em que paro para abastecer. Antes que pudesse respondê-lo, ele emenda com o motivo da pergunta. “É que toda hora aparece alguém dirigindo um desses por aqui. Por onde ando vejo algum passando”, explica. “É muito bom, sim”, respondo. “Não me arrependo de tê-lo comprado”, acrescento, sem revelar que, após passar uma semana realizando testes com o veículo, me dirigia naquele momento à concessionária para devolver o SUV e voltar para os braços (e rodas) do meu modesto sedan 2013.
A percepção do frentista faz todo o sentido. Primeiro modelo a sair do novo complexo industrial erguido pelo grupo FCA Fiat Chrsyler em Goiana (PE), o Renegade foi muito bem recebido pelo mercado e logo invadiu as ruas de todo o país. Lançado com o ambicioso objetivo de encabeçar o concorrido segmento de utilitários urbano, alcançou a meta em novembro, ao superar as vendas do Honda HR-V, até então líder do setor, deixando para trás também outros concorrentes de peso como o Renault Duster, o Ford Ecosport e o GM Tracker.
Motivos não faltam para o Renegade ter caído nas graças do consumidor. A começar pelo visual. O modelo faz questão de manter a herança da marca Jeep, estampando a identidade da família na grade icônica, nos faróis arredondados e nas linhas retas que compõe o aventureiro.
De forma resumida, listamos sete razões que nos fizeram eleger o modelo como o lançamento de 2015:
1) Diversão à bordo
A versão básica conta com sistema de áudio Uconnect com 4 alto-falantes, bluetooth, USB e computador de bordo. A partir da versão Sport, os comandos são no volante.
A versão básica conta com sistema de áudio Uconnect com 4 alto-falantes, bluetooth, USB e computador de bordo. A partir da versão Sport, os comandos são no volante.
2) Na ponta dos dedos
A direção elétrica precisa e suave não exige esforço algum do motorista. Além disso, a visão interna (tanto dianteira, quanto traseira) é ampla, aumentando a segurança.
A direção elétrica precisa e suave não exige esforço algum do motorista. Além disso, a visão interna (tanto dianteira, quanto traseira) é ampla, aumentando a segurança.
3) Tecnologia à favor do motorista
Controle eletrônico de estabilidade e de tração ajuda no dia a dia, como em curvas e subidas em rampas, respectivamente.
Controle eletrônico de estabilidade e de tração ajuda no dia a dia, como em curvas e subidas em rampas, respectivamente.
4) Cara de aventureiro
Com design atraente e que guarda traços da identidade da família Jeep, o modelo expõe o lado aventureiro do motorista,
Com design atraente e que guarda traços da identidade da família Jeep, o modelo expõe o lado aventureiro do motorista,
5) Maior do que parece
O espaço interno é generoso e acomoda, com conforto, quatro pessoas no banco traseiro.
O espaço interno é generoso e acomoda, com conforto, quatro pessoas no banco traseiro.
6) Barulho, só do lado de fora
Conta com um bom isolamento acústico, mantendo o alto ruído do motor (mesmo o diesel) do lado de fora da cabine.
Conta com um bom isolamento acústico, mantendo o alto ruído do motor (mesmo o diesel) do lado de fora da cabine.
7) Suave na nave
O sistema de amortecimento impressiona ao oferecer firmeza sem abrir mão da maciez, num equilíbrio perfeito para quem anda nas ruas ou em trilhas.
O sistema de amortecimento impressiona ao oferecer firmeza sem abrir mão da maciez, num equilíbrio perfeito para quem anda nas ruas ou em trilhas.
Avaliação
O Entre-Eixos testou duas versões do Renegade: a Sport 1.8 Flex e a Trailhawk 2.0 Diesel. O primeiro modelo, que vem liderando as vendas na família, conta com um motor que alcança 130cv a 5.250 rpm e transmissão automática de seis marchas. Com tração 4×2, vem equipada de fábrica com itens como ar-condicionado, direção elétrica, freio de estacionamento eletrônico, rádio com bluetooth, sensor de estacionamento, além de vidros, travas e retrovisores elétricos.
O modelo analisado ainda contou com um plus: teto solar panorâmico com acionamento eletrônico, que garante um charme a mais no visual do jipinho. Aliás, é uma tremenda maldade chamar o Renegade com qualquer diminutivo. O veículo conta com um 2,57 metros de entre-eixo – contra 2,52 do Ford Ecosport, modelo que foi líder na categoria por muito tempo -, acomoda bem até quatro adultos altos, oferecendo espaço suficiente para pernas e cabeça.
A direção eletrônica é suave e precisa, o que facilita a dirigibilidade. O amortecimento é um dos pontos fortes. Firme, porém sem ser dura, e suave, mas sem ser mole, o sistema se adapta bem ao asfalto irregular típico das cidades brasileiras, sem abrir mão do conforto nas trilhas. O motor 1.8 sofre um pouco com a relação peso/potência, mas nada que diminua o brilho do SUV – principalmente para quem anda na cidade.
Já a versão versão Trailhawk 2.0 Diesel é um show à parte. O motor com 170 cv e torque de 350 Nm a 1.750 rpm responde assim que o motorista pisa mais fundo no acelerador, seja em retomadas ou ultrapassagens. As rodas liga-leve de 17″ e pneus 215/60 “colam” o SUV no asfalto, garantindo estabilidade e segurança.
O visual interior segue à risca a proposta do modelo de mesclar aventura, robustez e praticidade. As linhas retas misturadas ao acabamento cuidadoso confere ao veículo um tom off-road mesmo tendo DNA urbano. O excesso de alertas sonoros (nas laterais, na frente e na traseira, transformando a vida de quem circula em movimentados centros urbanos em um terror para os ouvidos) pode incomodar, mas são facilmente configuráveis, permitindo ser reduzidos ou eliminados.
Produzido no Brasil para o motorista brasileiro, o SUV faz jus ao título de principal protagonista do crescimento da marca Jepp no país. Com personalidade definida, boas inovações e preço que não se destoa dos demais concorrentes, o modelo foi uma grata surpresa para o mercado nacional em 2015.
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