Um grupo de candidatos governistas derrotados nas eleições parlamentares no início do mês na Venezuela entraram com recursos para impugnar a vitória de oito candidatos da oposição.
O Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do país recebeu o pedido solicitando que “medidas cautelares” fossem tomadas para suspender a eleição deles e impedir que tomem posse no próximo dia 5 de janeiro.
Os recursos são de 28 de dezembro e os motivos alegados pelos governistas para apresentá-los não foram revelados - mas eles têm em comum o fato de serem contra deputados de circuitos onde o número de votos nulos foi maior do que a diferença entre o vencedor da eleição e o segundo colocado.
A ação é um mecanismo previsto na legislação venezuelana para impugnar o resultado e pode levar à repetição das eleições nos seis distritos questionados.
O Conselho Nacional Eleitoral havia confirmado a eleição de 112 candidatos da Meda da Unidade Democrática, o que dava à coalizão da oposição a maioria dos dois terços na Assembleia Nacional – o que, na prática, significa mais poder para os opositores, que poderiam até demitir ministros.
Se os oito deputados forem impedidos de tomar posse, a oposição somaria 104 deputados e não teria mais os dois terços.
O secretário executivo da oposição Mesa de Unidade Democrática, Jesús Torrealba, criticou a atitude dos governistas em sua conta no Twitter.
"A liderança derrotada entrou com seis novas ações contra a vontade do povo expressa em 6 de dezembro”, afirmou.
Na semana passada, a maioria governista do Parlamento convocou uma série de sessões extraordinárias para nomear 13 novos juízes do Superior Tribunal de Justiça de um total de 32. A oposição boicotou as sessões e classificou a atitude como uma tentativa dos governistas de garantir o controle do Tribunal.
As eleições de 6 de dezembro interromperam uma hegemonia chavista no Parlamento que já durava 16 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário