quinta-feira, 23 de julho de 2015

Fibria tem lucro de R$614 mi no 2o trimestre

Por Luciana Bruno
SÃO PAULO (Reuters) - A maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, Fibria, encerrou o segundo trimestre com lucro líquido praticamente estável sobre o mesmo período do ano passado, com aumento do preço do insumo usado na fabricação de papel compensando um menor volume vendido.
A Fibria teve lucro líquido 614 milhões de reais no período ante 631 milhões na comparação com mesma etapa do ano passado e resultado negativo nos três primeiros meses de 2015 de 566 milhões de reais, informou a empresa nesta quinta-feira.
Na véspera, a rival de menor porte Eldorado Celulose divulgou que encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido de 5,7 milhões de reais ante resultado negativo um ano antes de 60,4 milhões.
A Fibria afirmou no balanço que o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de 1,157 bilhão de reais entre abril e junho, alta de 95 por cento sobre o segundo trimestre de 2014.
O resultado Ebitda foi recorde para o período devido ao maior preço médio líquido em reais impulsionado pela valorização do dólar, compensado em parte pelo menor volume vendido, afirmou a Fibria no balanço.
A expectativa média de analistas para o Ebitda era de 1,151 bilhão de reais e de cerca de 710 milhões de reais para o lucro líquido, segundo pesquisa da Reuters.
No segundo trimestre, a produção de celulose da Fibria somou 1,32 milhão de toneladas, alta de 4 por cento na comparação anual devido ao menor impacto de paradas programadas de instalações fabris.
O volume de vendas totalizou 1,28 milhão de toneladas, queda de 4 por cento ano contra ano, devido à maior base de comparação, já que o segundo trimestre do ano passado foi recorde com destaque de vendas para a Ásia, afirmou a empresa.
A receita líquida foi de 2,3 bilhões de reais, alta de 36 por cento ano contra ano. Já o custo do produto vendido (CPV) foi 1 por cento menor, tendo o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) como principal fator positivo, mas sendo parcialmente compensado pelo aumento nos custos de frete.

A Fibria encerrou o trimestre com uma dívida líquida de 8,197 bilhões de reais, alta anual de 23 por cento. Mas em dólares, a dívida líquida de 2,642 bilhões representou uma queda de 13 por cento contra o segundo trimestre de 2014.

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