segunda-feira, 27 de julho de 2015

FMI prevê que economia italiana se recuperará em 20 anos Taxa de desemprego só voltará a patamares pré-crise em 2035

Itália deve demorar quase 20 anos para voltar a ter força no mercado de trabalho (foto: ANSA)
Itália deve demorar quase 20 anos para voltar a ter força no mercado de trabalho (foto: ANSA)
27 JULHO, 20:34ROMAZGT
(ANSA) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou seu relatório econômico para a zona do euro nesta segunda-feira (27) e afirmou que os níveis das taxas de desemprego na Itália só voltarão aos patamares pré-crise daqui a 20 anos.

"Sem uma significativa aceleração do crescimento, serão necessários 10 anos para a Espanha e quase 20 anos para a Itália e Portugal reduzirem as taxas de desemprego aos níveis pré-crise", destacou a entidade ressaltando que, de maneira geral, os índices são "altos" e durarão "provavelmente por muito tempo" em toda a área do euro.

Segundo a entidade, a Itália precisa "aumentar a eficiência do setor público e melhorar a questão da justiça civil" para dar passos mais largos na redução das taxas de desemprego e no impulso ao crescimento. Apesar das mudanças recentes na legislação, é preciso ainda melhorar e "flexibilizar o mercado de trabalho e aumentar a concorrência nos mercados produtivos e de serviços.

Mesmo com o prognóstico, o FMI afirma que a retomada econômica na União Europeia está se reforçando, com um Produto Interno Bruto (PIB) que deve crescer 1,5% neste ano e 1,7% em 2016. Porém, o órgão ressalta que o bloco está "vulnerável a questões negativas" e que restam os riscos de "estagnação" ligados a um grande período de crescimento baixo.

Prognóstico sobre a Grécia

O FMI fez um apelo para que os países membros da zona do euro "usem, se necessário, todos os instrumentos disponíveis para gerir o risco de contágio que pode partir da Grécia". Para a entidade, mesmo com a boa reação dos mercados sobre o novo acordo com o país, é preciso analisar a "volatilidade da situação".

O relatório não acredita que haja esse "contágio" econômico, mas ressalta que o bloco tem os dispositivos necessários para atuar contra um eventual pessimismo sobre a moeda única. (ANSA)
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