O artista e dissidente chinês Ai Weiwei, que mantém relações delicadas com as autoridades comunistas, anunciou nesta quarta-feira (22) que Pequim devolveu seu passaporte, depois de ter ficado privado dele por quatro anos.
O famoso ativista iconoclasta postou nas redes sociais uma foto sua com o documento e a frase "hoje recuperei meu passaporte".
O artista confirmou à AFP por SMS a entrega do documento e complementou a mensagem com um "smile".
Ai Weiwei empreendeu uma campanha durante 600 idas para recuperar seu passaporte, fotografando ramos de flores que mudava diariamente na cesta de uma bicicleta estacionada diante de seu ateliê. Uma iniciativa que repercutiu na internet, com a hashtag #flowersforfreedom.
Pintor, escultor e artista plástico, Ai Weiwei foi acusado de fraude fiscal e detido de abril a junho de 2011, o que provocou uma onda de indignação em todo o mundo.
As relações tensas entre Weiwei e as autoridades chinesas parecem, no entanto, ter se acalmado nos últimos meses. Em junho, o jornal oficial Global Times sugeriu em um editorial que era a hora de "virar a página" em relação ao artista.
As autoridades também permitiram que o artista inaugurasse sua primeira exposição individual no Espaço 798, um bairro de Pequim dedicado à arte contemporânea.
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