Um F-16 enviado pelos Emirados Árabes Unidos para combater Estado Islâmico. Foto: EPA
A Turquia aceitou colocar as suas bases aéreas à disposição da coligação internacional que está a combater o Estado Islâmico e diz que os seus aviões também serão usados nestas missões.
A medida foi anunciada esta sexta-feira pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros turco, depois de as forças turcas terem feito uma incursão contra combatentes do Estado Islâmico do lado sírio da fronteira.
O autoproclamado Estado Islâmico ocupa a maior parte do território sírio que faz fronteira com a Turquia. A luta contra o grupo terrorista tem sido levado a cabo através de ataques aéreos de uma coligação internacional liderada pelos EUA, com a participação de vários países árabes e islâmicos, e no terreno essencialmente pelas milícias curdas. Não é claro, contudo, se os aviões turcos vão estar sujeitos à coligação ou se operarão de forma independente.
No passado a Turquia tem sido criticada por passividade ao não intervir para ajudar as forças curdas que lutam perto da sua fronteira, nomeadamente na defesa da cidade curda de Kobane, que esteve sitiada pelo Estado Islâmico durante largos meses.
Contudo, as autoridades turcas desconfiam das forças curdas uma vez que estas têm travado também um combate de várias décadas contra o Estado turco. A incursão de quinta-feira à noite atingiu, aliás, não só os combatentes do Estado Islâmico mas também forças curdas e aconteceu pouco tempo depois de os grupos separatistas curdos terem reivindicado ataques a polícias turcos.
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