22/01/2016 07h33 - Atualizado em 22/01/2016 07h40
Todos os detidos no 5º ato contra o aumento das tarifas do transporte público organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) na cidade de São Paulo foram liberados. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, foram oito pessoas detidas, mas de acordo com o MPL 9 pessoas foram levadas para o 1º Distrito Policial (Sé) e liberadas sem nenhuma acusação.
Por volta das 21h35, depois de longo impasse na Praça da República, no Centro de São Paulo, os manifestantes queriam seguir o trajeto do ato e fizeram contagem regressiva para avançar diante do cordão de bloqueio de policiais. A polícia soltou spray de pimenta, bombas de efeito moral gás e balas de borracha para dispersar a manifestação. Houve correria.
De acordo com o Grupo de Apoio ao Protesto Popular (GAPP), formado por voluntários da área da saúde, como enfermeiros e estudantes de medicina, e profissionais com treinamento em primeiros socorros, ao menos 16 pessoas ficaram feridas por estilhaços de bomba, cassetete, spray de pimenta e bala de borracha. O G1 viu ao menos 4 pessoas feridas. O Bom Dia São Paulo viu um manifestante que foi atingido por uma bala de borracha no rosto, um homem ferido na perna e outro que passou mal com o gás.
(O G1 acompanhou a manifestação em tempo real, com fotos e vídeos)
Os manifestantes divulgaram o percurso que pretendiam seguir algumas horas antes do início da concentração. O trajeto percorria ruas da região central e terminava na Assembleia Legislativa, na Zona Sul de São Paulo. A Polícia Militar afirmou que não permitiria que o grupo transitasse na Avenida 23 de Maio e disse que a caminhada deveria terminar na Praça da República. Com o impasse, o ato demorou quase três horas para começar.
"A decisão é essa. Se vocês não seguirem o itinerário, a manifestação não vai sair", disse o comandante da PM André Luiz aos representantes do MPL. Manifestantes votaram e decidiram seguir o trajeto previamente definido pelo movimento. As faixas foram colocadas em frente ao grupo e os manifestantes andaram por volta das 19h55.
Confira como foi a manifestação, minuto a minuto:
16h50 – Terminal Dom Pedro é fechado
17h – Concentração começa no Parque Dom Pedro
17h45 - Passarela de acesso ao terminal Dom Pedro é fechada pela PM
18h10 - Tropa de Choque reforça segurança no terminal Dom Pedro
18h30 - PM permite ato até o Viaduto do Chá. MPL diz que quer ir à Alesp. "Se não seguir o autorizado, não sai daqui”, afirma a PM.
18h42 - Passageiros perdidos com mudanças de linhas pedem informações em frente ao Terminal Parque Dom Pedro
18h52 - Manifestantes discutem propostas de novo trajeto
19h10 - Manifestantes decidem, em votação, manter o trajeto definido e seguir até a Assembleia Legislativa
19h15 - "Não podemos deixar refém a população que está agora na 23 de Maio", disse comandante Andre Luiz ao MPL
19h18 - PM se posiciona e cerca terminal Dom Pedro
19h25 - Cantor Lucas, da banda Fresno, chega para apoiar manifestação
19h28 - MPL decide permanecer concentrado no terminal Dom Pedro, mas não descarta seguir o trajeto anunciado
19h54 - Manifestantes começam caminhada
20h - Comandante diz que PM vai bloquear ato na Praça da República
20h10 - Ato se aproxima do Páteo do Colégio
20h20 - Manifestantes sentam na Rua Boa Vista e fazem assembleia
20h25 - Estação São Bento do Metrô é fechada
20h27 – Ato chega no Largo São Bento
20h33 - Pedra é lançada contra PMs, que respondem com bomba e bala de borracha
20h40 - Ato continua e chega à Prefeitura de São Paulo
20h55 - Ato chega ao Theatro Municipal
21h10 - Manifestantes chegam à Praça da República
21h35 - Polícia solta bombas para dispersar a manifestação
22h22 - Estação República do Metrô é reaberta
16h50 – Terminal Dom Pedro é fechado
17h – Concentração começa no Parque Dom Pedro
17h45 - Passarela de acesso ao terminal Dom Pedro é fechada pela PM
18h10 - Tropa de Choque reforça segurança no terminal Dom Pedro
18h30 - PM permite ato até o Viaduto do Chá. MPL diz que quer ir à Alesp. "Se não seguir o autorizado, não sai daqui”, afirma a PM.
18h42 - Passageiros perdidos com mudanças de linhas pedem informações em frente ao Terminal Parque Dom Pedro
18h52 - Manifestantes discutem propostas de novo trajeto
19h10 - Manifestantes decidem, em votação, manter o trajeto definido e seguir até a Assembleia Legislativa
19h15 - "Não podemos deixar refém a população que está agora na 23 de Maio", disse comandante Andre Luiz ao MPL
19h18 - PM se posiciona e cerca terminal Dom Pedro
19h25 - Cantor Lucas, da banda Fresno, chega para apoiar manifestação
19h28 - MPL decide permanecer concentrado no terminal Dom Pedro, mas não descarta seguir o trajeto anunciado
19h54 - Manifestantes começam caminhada
20h - Comandante diz que PM vai bloquear ato na Praça da República
20h10 - Ato se aproxima do Páteo do Colégio
20h20 - Manifestantes sentam na Rua Boa Vista e fazem assembleia
20h25 - Estação São Bento do Metrô é fechada
20h27 – Ato chega no Largo São Bento
20h33 - Pedra é lançada contra PMs, que respondem com bomba e bala de borracha
20h40 - Ato continua e chega à Prefeitura de São Paulo
20h55 - Ato chega ao Theatro Municipal
21h10 - Manifestantes chegam à Praça da República
21h35 - Polícia solta bombas para dispersar a manifestação
22h22 - Estação República do Metrô é reaberta
Terminal fechado
O Terminal Parque Dom Pedro, no Centro de São Paulo, foi fechado aos passageiros de ônibus por volta das 16h50 desta quinta-feira (21) por causa da manifestação. Linhas de ônibus foram desviadas e, perdidos, usuários buscavam informações.
O Terminal Parque Dom Pedro, no Centro de São Paulo, foi fechado aos passageiros de ônibus por volta das 16h50 desta quinta-feira (21) por causa da manifestação. Linhas de ônibus foram desviadas e, perdidos, usuários buscavam informações.
Segundo a SPTrans, cerca de 240 mil passageiros utilizam o Terminal Parque Dom Pedro por dia útil e 78 linhas de ônibus param no local. As linhas foram desviadas para a parte externa do terminal ou para ruas da região. Funcionários tentavam informar sobre as mudanças.
O passageiro José Lima queria seguir para São Mateus, na Zona Leste, e ficou surpreso com o fechamento do terminal. "Fiquei com as mãos atadas, agora, para voltar para casa, né? [Um funcionário] falou para eu seguir aqui para o lado do Brás, porque lá talvez tenha ônibus". Francisca Alves também não sabia como iria chegar em casa. “Está tudo parado e o ônibus que eu pego sai daqui. Vai lá para Sapopemba, de lá eu pego outro. [Faço este trajeto] todos os dias. Dá menos de 40 minutos. Hoje, não sei nem que horas eu vou chegar em casa".
O passageiro José Lima queria seguir para São Mateus, na Zona Leste, e ficou surpreso com o fechamento do terminal. "Fiquei com as mãos atadas, agora, para voltar para casa, né? [Um funcionário] falou para eu seguir aqui para o lado do Brás, porque lá talvez tenha ônibus". Francisca Alves também não sabia como iria chegar em casa. “Está tudo parado e o ônibus que eu pego sai daqui. Vai lá para Sapopemba, de lá eu pego outro. [Faço este trajeto] todos os dias. Dá menos de 40 minutos. Hoje, não sei nem que horas eu vou chegar em casa".
Marcelo Silveira Santos trabalha na Rua 25 de Março e usa o terminal todos os dias da semana. "A gente acorda cedo para ir trabalhar, tem horário certo para protesto, tem hora certa e lugar certo, e a gente está cansado, quer voltar para casa, descansar, tem família para rever. Vou chegar tarde em casa, porque virou isso", disse.
Os passageiros se mostraram contra o protesto desta quinta-feira. "Eu não aprovo [o protesto], porque isso prejudica a gente. Já foi aprovada essa lei aí. Já aumentou a passagem. Agora, não adianta mais", disse Francisca. "Eu acho que eles deveriam fazer outro tipo de protesto, porque tem muitas coisas no Brasil que prejudicam muito mais do que 30 centavos, né? Poxa, a Petrobrás perdeu milhões, né? Ninguém fez nada. Tem muitas outras coisas que nós brasileiros perde muito dinheiro e não faz nada", reclamou Lima.
"Não [acho que é legítimo o protesto], porque está afetando muita gente que depende [do terminal] para ir para casa. E, nesse momento, a essa hora também, não poderia fazer protesto. Faz 12h, 13h, que não tem ninguém e tal, aí não afetaria tanto esse pessoal", disse Santos. Por outro lado, ele se mostrou contra o aumento das passagens. "Não, não acho justo não [o aumento da passagem]. Eu acho que deveria ficar nos R$ 3,50."
"Não [acho que é legítimo o protesto], porque está afetando muita gente que depende [do terminal] para ir para casa. E, nesse momento, a essa hora também, não poderia fazer protesto. Faz 12h, 13h, que não tem ninguém e tal, aí não afetaria tanto esse pessoal", disse Santos. Por outro lado, ele se mostrou contra o aumento das passagens. "Não, não acho justo não [o aumento da passagem]. Eu acho que deveria ficar nos R$ 3,50."
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