Segundo o R7, o SNA - Sindicato Nacional dos Aeronautas - vai levar a última proposta das empresas aéreas à assembleia, às 13h30. O presidente da entidade, Adriano Castanho, avalia que a forma como o reajuste salarial foi proposto leva a crer que a proposta será recusada.
As companhias oferecem o pagamento do reajuste dos salários e pisos em 3% em fevereiro, 2% em junho e 6% em novembro. No entanto, a principal objeção do SNA é de que dessa forma, a inflação de 2015 seria reposta somente quando já estivesse na hora de discutir o novo reajuste, de 2016. Castanho explica que, dessa forma, haveria perda real dos salários.
"Nós fizemos um cálculo que cada aeronauta vai perder 95% de um salário neste ano. A categoria já admitiu falar em simplesmente o INPC. Não se fala mais em ganho real. Então, não tem como abrir mão do reajuste que seja a reposição", afirma.
Segundo ele, outra assembleia já foi marcada para, em caso de negativa, votar a greve. "A gente lamenta informar que realmente é pela negativa dessa proposta. Sendo negada, imediatamente, a gente já vai abrir outra assembleia para deliberar sobre o movimento grevista. Existe um prazo mínimo de 72 horas para informar as empresas (se a greve for aprovada)".
A publicação refere ainda que até o momento da assembleia, as companhias aéreas ainda poderão apresentar uma nova proposta. Caso contrário, só poderão fazer isso novamente em uma audiência de conciliação, no TST - Tribunal Superior do Trabalho.
Caso os aeronautas entrem em greve, é possível que as empresas consigam na Justiça uma liminar para manter um contingente mínimo de trabalhadores. O presidente do sindicato garante que qualquer decisão será respeitada.
A reportagem recorda que, em 2015, a categoria chegou a deflagrar uma greve e, no dia seguinte, na audiência de conciliação, patrões e trabalhadores entraram em acordo.
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