"A paciência de vários estados europeus chegou ao limite", disse a ministra austríaca.
Para a responsável austríaca, “a paciência de vários estados europeus chegou ao limite. É altura de agir”, afirmou.
“Se o Governo de Atenas não se empenha na segurança das fronteiras exteriores da União Europeia, teremos de falar de forma aberta da exclusão provisória da Grécia do espaço Schengen”, afirmou à edição de domingo jornal alemão Die Welt, que antecipou excertos da entrevista de Johanna Mikl-Leitner.
Na entrevista, a ministra do Interior afirmou que “a paciência de vários estados europeus chegou ao limite. Já falámos muito, é altura de agir para proteger a estabilidade, a ordem e a segurança na Europa”. E acrescentou que a ideia de que a fronteira greco-turca não pode ser controlada é “um mito”.
“Nenhum muro pode parar os refugiados”, diz ministro grego.
Recorde-se que em dezembro passado a presidência da União Europeia não permitiu, a expulsão da Grécia do espaço Schengen. Na altura ministro luxemburguês da Imigração, Jean Asselborn, afirmou que tal situação “não é juridicamente possível”.
Esta situação levou o porta voz do ministro grego, Alexis Tsipras, a desmentir várias vezes a existência de ameaças da União Europeia em relação ao seu país nesse sentido.
Numa entrevista publicada este fim de semana no Tageszeitung, o ministro grego dos Negócios Estrangeiros, Nikos Kotzias, afirmou que “nenhum muro pode parar os refugiados”.
Para travar os refugiados, seria preciso entrar em guerra com eles, afundar-lhes os barcos e deixar as pessoas afogarem-se. É inaceitável. Isto vai contra os valores humanos e também contra a lei europeia e as convenções internacionais, referiu o ministro, que acrescentou ser preciso combater as causas do êxodo dos refugiados, “ou seja, que haja paz na Síria".
De acordo com Nikos Kotzias, a Grécia pediu 780 funcionários do Frontex para registo de refugiados, mas só chegaram 340.
O país já gastou 2 mil milhões de euros em alojamento, alimentação, transporte e cuidados de saúde com os refugiados: “Para nós, dois mil milhões é muito dinheiro – aliás, é mais do que o corte na Segurança Social que a troika nos quer impor”, sublinhou Kotzias.
Refira-se que o programa de acolhimento montado pela União Europeia ao fim de quatro meses só cumpriu 0.17% do objetivo, ou seja, transferiu apenas 272 refugiados dos 160 mil aprovados na cimeira europeia realizada no passado mês de Setembro.
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