Ilha de Lesbos, 14 de Novembro de 2015. Foto de Fotomovimiento/Flickr.
Segundo noticia o The Guardian, a população das ilhas gregas vai ser nomeada para o Prémio Nobel da Paz por um grupo de académicos e a iniciativa tem o apoio do Governo de Atenas. No ano passado, estas ilhas foram o porto seguro de quase um milhão de refugiados e imigrantes fugidos da guerra e da pobreza e que resistiram às agruras da travessia do mediterrâneo.
A petição está ser preparada por um grupo de académicos das universidades de Oxford, Princeton, Harvard, Cornell e Copenhaga, mas os seus nomes não foram ainda revelados. A petição proporá ao Comité Nobel a nomeação dos habitantes de Lesbos, Kos, Chíos, Samos, Rhodes e Leros. As nomeações encerram a 1 de fevereiro.
O grupo de académicos já reuniu com o ministro grego das Migrações, Yiannis Mouzalas, que garantiu o apoio do Governo, adianta o jornal inglês. Os proponentes pedem ao Comité Nobel que tenha em atenção que todas as pessoas que ajudaram os refugiados e migrantes que chegaram às ilhas gregas vivem num país assolado por uma crise económica. Porém, destacam, não hesitaram em agir com "empatia e auto-sacrifício" a esta tragédia, abrindo as suas casas a quem precisava, arriscando a vida para salvar quem estava em dificuldades no mar e ajudando os doentes e feridos.
Uma outra petição online já conseguiu mais de 300 mil assinaturas a favor desta iniciativa. “As populações das Ilhas Gregas do Mar Egeu (e muitas organizações com fins não-lucrativos de todo o mundo e os Gregos na diáspora) fizeram e continuam a fazer todo o possível para ajudar os refugiados Sírios e dar-lhes o conforto possível, embora eles próprios tenham pouco para oferecer e apesar de estarem submetidos a uma grave crise económica há muitos anos”, diz a introdução à petição criada na plataforma Avaaz.
Segundo esta petição, "nas remotas ilhas gregas, reformados, professores e estudantes estão há meses a oferecer alimentos, abrigo, roupas e conforto aos que arriscam a vida para fugir da guerra e do terror".
O jornal inglês salineta ainda a possibilidade de indivíduos e organizações poderem candidatar-se ao Nobel e recorda os casos de Betty Williams e Mairead Corrigan, em 1976, que foram distinguidas pelos seus esforços a favor da paz na Irlanda do Norte.
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