O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, deixou o Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba por volta das 12h desta quarta-feira (18).
De lá, ele foi levado para a Justiça Federal, para a instalação de uma tornozeleira eletrônica para cumprir a prisão em regime domiciliar no Rio de Janeiro. Ele deixou o prédio da Justiça por volta das 13h50 acompanhado do advogado.
De lá, ele foi levado para a Justiça Federal, para a instalação de uma tornozeleira eletrônica para cumprir a prisão em regime domiciliar no Rio de Janeiro. Ele deixou o prédio da Justiça por volta das 13h50 acompanhado do advogado.
Baiano foi detido há exatamente um ano, dias depois de os policiais deflagrarem a sétima fase da Operação Lava Jato. A mudança de regime prisional foi obtida graças ao acordo de delação premiada. Segundo o documento, ele deveria ficar um ano preso, prazo que se encerrou nesta quarta.
Segundo a Justiça, Fernando Soares será monitorado 24 horas por dia pela tornozeleira e não poderá sair de casa sem autorização judicial.
O lobista é apontado pelas investigações da Lava Jato como um dos operadores de propina para políticos do PMDB, no esquema de desvios da Petrobras.
Em um dos processos, que trata sobre irregularidades no aluguel de navios-sonda para a estatal, ele acabou condenado a 16 anos e um mês de prisão. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Baiano operou cerca de US$ 15 milhões em propinas.
O caso teve mais repercussão quando outro delator da Lava Jato, o também lobista Júlio Camargo, afirmou que um dos beneficiários da propina foi o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em depoimento, Camargo disse que o deputado recebeu US$ 5 milhões.
Fernando Baiano também é réu em outro processo da Lava Jato, que envolve executivos e ex-executivos da construtora Andrade Gutierrez. Nesta ação penal, o juiz Sérgio Moro aguarda apenas a apresentação das alegações finais por parte do MPF e dos réus. Em seguida, o magistrado deverá pronunciar a sentença.
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