Manifestantes simulam 'banquete' de chefes de estado antes da COP21, em Paris (Foto: Benoit Tessier / Reuters)
Milhares de pessoas protestavam neste sábado (28), em diferentes cidades ao redor do mundo, para reivindicar um acordo ambicioso contra a mudança climática, às vésperas da Conferência de Paris, a COP21, organizada sob um forte esquema de segurança após os atentados de 13 de novembro.
O que é a COP21?
A partir do próximo domingo (29), cerca de 150 chefes de Estado e de Governo vão participar da cúpula do clima em Le Bourget, ao norte de Paris. O evento reunirá pelo menos 40 mil participantes, entre eles 10 mil delegados de 195 países, além de cientistas, observadores, jornalistas e visitantes.
A partir do próximo domingo (29), cerca de 150 chefes de Estado e de Governo vão participar da cúpula do clima em Le Bourget, ao norte de Paris. O evento reunirá pelo menos 40 mil participantes, entre eles 10 mil delegados de 195 países, além de cientistas, observadores, jornalistas e visitantes.
Barack Obama (Estados Unidos), Xi Jinping (China), Angela Merkel (Alemanha), Dilma Rousseff e Enrique Peña Nieto (México) estão entre os líderes esperados.
O objetivo da conferência é limitar o aquecimento a 2ºC em relação à era pré-industrial, reduzindo as emissões poluentes que causam a mudança climática.
Manifestações
Depois da primeira passeata, realizada sexta-feira na cidade australiana de Melbourne, cerca de 3 mil estudantes, ativistas e religiosos foram às ruas nas Filipinas para exigir a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. O arquipélago tem-se tornado cada vez mais alvo de devastadores tufões, um dos efeitos da mudança climática.
Depois da primeira passeata, realizada sexta-feira na cidade australiana de Melbourne, cerca de 3 mil estudantes, ativistas e religiosos foram às ruas nas Filipinas para exigir a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. O arquipélago tem-se tornado cada vez mais alvo de devastadores tufões, um dos efeitos da mudança climática.
"Protejam nossa casa comum" e "Justiça climática" eram alguns dos slogans nos cartazes dos manifestantes nas ruas de Manila.
"Queremos enviar uma mensagem ao resto do mundo, em particular aos líderes do planeta que participam da Conferência sobre o Clima: nossa sobrevivência não é negociável", afirmou Denise Fontanilla, porta-voz do Movimento dos Povos Asiáticos sobre a dívida e o desenvolvimento.
Em Bangladesh, um dos países mais pobres da Ásia ameaçado por inundações, cerca de 5 mil pessoas pediram ação imediata. Em Brisbane, na Austrália, e na Nova Zelândia, vários ativistas também protestaram.
Milhares de manifestantes são esperados em diferentes atos em outras cidades asiáticas, assim como em Johannesburgo e em Edimburgo. Para domingo, foram convocadas mobilizações em Seul, Londres, Madri, Rio de Janeiro e Nova York, entre outras cidades.
Depois dos atentados de 13 de novembro, a França decretou estado de emergência, reforçou o controle de suas fronteiras e deslocou forças de segurança para pontos sensíveis.
Cerca de 10 mil homens das forças de segurança foram enviados para Paris para proteger a COP21. Desse efetivo, 2.800 agentes estarão estacionados no local da conferência, organizada no parque de exposições aeronáuticas Le Bourget.
O governo proibiu manifestações em Paris e em outras cidades da França. O Ministério do Interior relatou que 24 ativistas foram colocados em prisão domiciliar até 12 de dezembro.
Ainda assim, hoje, cerca de 400 ambientalistas instalaram tampos e cavaletes diante das grades do castelo de Versalhes para "festejar" com um banquete, símbolo - segundo eles - da "grande farsa" que é a COP21.
Com tratores, caminhonetes e 200 ciclistas de colete amarelo fluorescente, o comboio saiu de Notre-Dame-des-Landes (oeste), onde um projeto de aeroporto é alvo de críticas de ativistas do meio ambiente.
Na chegada, os manifestantes serviram sopa de abóbora, beterraba e grão de bico, diante de turistas surpresos e de um grande número de policiais.
Atraso em Frankfurt
Já na Alemanha, ativistas conseguiram atrasar o trem que levaria a ministra alemã do Meio Ambiente para a Conferência do Clima. De acordo com a polícia alemã, eles se aproveitaram de uma parada em Frankfurt para se acorrentar aos trilhos.
Já na Alemanha, ativistas conseguiram atrasar o trem que levaria a ministra alemã do Meio Ambiente para a Conferência do Clima. De acordo com a polícia alemã, eles se aproveitaram de uma parada em Frankfurt para se acorrentar aos trilhos.
Usando a estrutura da estação, três ativistas desceram de rapel até o teto do vagão, enquanto outros dois se acorrentaram aos trilhos, relatou um porta-voz policial.
Foram necessárias cerca de duas horas para remover os cinco militantes, acrescentou o porta-voz, que classificou o ato como "totalmente perigoso", devido às catenárias da estação.
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