30 de novembro de 2015 às 6:00
Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
A baleia-piloto pertencia a um grupo de aproximadamente 70 que foram caçadas em Taiji, no Japão. No primeiro dia, as baleias se aglomeraram juntas, procurando conforto e proteção. Nos dias seguintes, a família foi lentamente destruída. A matriarca do grupo foi amarrada e assistiu aos seus familiares sendo assassinados na sua frente, tornando a água vermelha de sangue. Algumas foram levadas para serem vendidas ao cativeiro – outras morreram com o trauma da captura. Em algum ponto, uma baleia foi vista nadando na água vermelha onde sua família havia morrido e “chorando em voz alta”, de acordo com a Sea Shepherd.
No quarto dia, uma das baleias escapou de debaixo da lona que esconde a matança dos olhos de observadores. E a Sea Shepherd gravou a sua tentativa de fuga. “Uma baleia-piloto – que aparentava já ter sido apunhalada pelos caçadores, sangrando visivelmente e mal conseguindo se manter acima da superfície da água – conseguiu fugir de debaixo das lonas e tentou encontrar uma saída no meio das pedras, mas foi arrastada de volta aos barcos por um caçador em uma roupa de mergulho,” disse o grupo.
O vídeo é de cortar o coração. A baleia aterrorizada se joga contra as pedras, tentando fugir desesperadamente enquanto sangra. Após dias sem comida e assistindo a inúmeros membros de sua família morrer, tudo o que ele quer é escapar – de qualquer jeito possível. Um grupo de pescadores amarra a sua cauda e o arrasta de volta à área de matança, enquanto ele usa suas últimas energias para lutar violentamente contra a corrente, com seu sangue manchando a água. “Ela não entende o que está acontecendo,” diz uma mulher no vídeo.
Todos os anos, 20.000 golfinhos são assassinados no Japão. Os poucos que sobrevivem as águas sujas de sangue são vendidos para o cativeiro, fadados a passar o resto de suas vidas longe da família e se apresentando em zoos e parques marinhos. Muitos deles, como o do vídeo, são mortos e vendidos por sua carne. Os jovens, novos demais para roubarem sua carne ou os venderem para cativeiro, são frequentemente jogados de volta ao oceano. Suas mortes não são contadas oficialmente, mas é improvável que consigam sobreviver após sua família inteira ser morta.
Infelizmente, as testemunhas que presenciam essas mortes são proibidas de interferir com a caça. Se o fizerem, serão presos e deportados, e não haverá mais ninguém para ser testemunha.
Confira a seguir o vídeo feito pela Sea Shepherd, com imagens fortes:
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