A União Nacional Islâmica divulgou uma nota em nome da comunidade islâmica no Brasil neste sábado (14) "condenando enfaticamente" os atentados múltiplos ocorridos em Paris na sexta-feira (13), onde 129 pessoas morreram e 352 ficaram feridas, 99 delas em estado grave.
A entidade afirma que condena também o grupo extremista Estado Islâmico, "que usa o nome de uma religião de paz para praticar o terror e difamar as religiões e seus adeptos". A nota pública da UNI cita com pesar as ações do grupo fanático Boko Haram e as mortes de civis que ocorrem na Líbia, Síria, Iraque, Palestina e Líbano.
A Federação das Associações Muçulmanas do Brasil também divulgou um comunicado onde diz que “repudia, de forma veemente”, os atos terroristas que aconteceram em Beirute, na quinta-feira, dia 12, e em Paris, no dia 13. “São ações abomináveis que só servem para disseminar o espírito da intolerância e promover dor e insegurança. Requerem, sim, condenação firme de toda a humanidade”, afirma a nota.
Ataques em Paris
O procurador de Paris, François Molins, afirmou neste sábado (14) que os atentados foram realizados aparentemente por três equipes de extremistas, segundo o prourador Molins. "Podemos dizer nesta fase da investigação que provavelmente havia três equipes coordenadas de terroristas por trás deste ato bárbaro ", disse.
O procurador de Paris, François Molins, afirmou neste sábado (14) que os atentados foram realizados aparentemente por três equipes de extremistas, segundo o prourador Molins. "Podemos dizer nesta fase da investigação que provavelmente havia três equipes coordenadas de terroristas por trás deste ato bárbaro ", disse.
No pior dos ataques, o procurador afirmou que homens armados assassinaram a tiros de forma sistemática pelo menos 89 pessoas na apresentação de rock na casa de showsBataclan, antes de policiais antiterroristas lançarem um ataque ao prédio. Dezenas de sobreviventes foram resgatados.
Cerca de 40 pessoas foram mortas em cinco outros ataques na região de Paris, afirmaram as autoridades, incluindo um aparente duplo atentado suicida a bomba do lado de fora do estádio nacional Stade de France, onde Hollande e o ministro do Exterior alemão assistiam a um jogo amistoso internacional de futebol.
Entre os feridos no Bataclan estão três brasileiros que, segundo a cônsul-geral do Brasil na França, Maria Edileuza Fontenele Reis, passam bem. De acordo com o governo francês, oito terroristas morreram -- sete deles acionando cintos explosivos.
Entre os feridos no Bataclan estão três brasileiros que, segundo a cônsul-geral do Brasil na França, Maria Edileuza Fontenele Reis, passam bem. De acordo com o governo francês, oito terroristas morreram -- sete deles acionando cintos explosivos.
O grupo radical Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos atentados. Em declaração oficial, o grupo disse que seus combatentes presos a cintos com explosivos e carregando metralhadoras realizaram os ataques em locais que foram cuidadosamente estudados.
"Oito irmãos com explosivos na cintura e fuzis fizeram vítimas em lugares escolhidos previamente e que foram escolhidos minuciosamente no coração de Paris, no Stade de France, na hora do jogo dos dois países França e Alemanha, que eram assistidos pelo imbecil François Hollande, o Bataclan onde estavam reunidos centenas de idólatras em uma festa de perversidade assim como outros alvos no 10º arrondissement, e isso tudo simultaneamente. Paris tremeu sob seus pés e as ruas se tornaram estreitas para eles. O resultado é de no mínimo 200 mortos e muitos mais feridos. A gloria e mérito pertencem a Alá”, diz o comunicado.
O comunicado do grupo afirma ainda que a França e os que seguem o seu caminho devem saber que eles são os principais alvos do Estado Islâmico e que continuarão a "sentir o odor da morte por ter colocado a cabeça na cruzada, ter ousado insultar nosso profeta, se vangloriar de combater o islamismo na França e atingir os muçulmanos na terra do califa com seus aviões". "Esse ataque é só o começo da tempestade e um alerta para aqueles que quiserem meditar e tirar lições."
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