quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Polícia prende quadrilha de fraude em loterias no DF e em 5 estados Ao menos 54 mandados judiciais são cumpridos em Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal

 postado em 10/09/2015 09:15 / atualizado em 10/09/2015 10:11
Uma operação da Polícia Federal, nesta manhã de quinta-feira (10/9) cumpre mandados de prisão e apreensão contra suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em fraude a pagamentos de prêmios de loterias da Caixa Econômica Federal (CEF). Na ação, intitulada “Desventura”, cerca de 54 mandados judiciais são cumpridos em Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal. Entre os suspeitos estão um ex-jogador de futebol da seleção brasileira e um doleiro. Até por volta das 9h40, sete pessoas haviam sido presas, entre eles o líder da organização criminosa.

Do total de mandados, cinco são de prisão preventiva, oito de prisão temporária, 22 conduções coercitivas – quando a pessoa é levada para depoimento e depois liberada – e 19 de busca e apreensão em São Paulo, Bahia e Goiânia.

Segundo a investigação, os valores dos prêmios que não eram sacados pelos ganhadores deveriam ser destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Em 2014, ganhadores de loteria deixaram de resgatar 270,5 milhões em prêmios da Mega-Sena, Loteca, Lotofácil, Lotogol, Quina, Lotomania, Dupla-sena e Timemania.

Ajuda de correntistas
Correntistas do banco, escolhidos por movimentarem grandes volumes financeiros, participavam do esquema criminoso recrutando gerentes da Caixa Econômica para serem utilizados na fraude. Após conseguirem as informações privilegiadas, o grupo entrava em contato com os gerentes, para que eles viabilizassem o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, de forma irregular, os bilhetes falsos.

Durante as investigações um integrante da quadrilha chegou a ser preso quando tentava aliciar um gerente para o saque de um bilhete de loteria no valor de R$ 3 milhões. Poucos dias depois de liberado pela polícia foi executado em condições que ainda estão em investigação. Um doleiro, que também participava do crime, já havia sido identificado em outros delitos como fraude na utilização de financiamentos do BNDES e do Construcard e liberação irregular de gravame de veículos.

Os envolvidos responderão por organização criminosa, estelionato qualificado, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público, evasão de divisas.

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