quarta-feira, 30 de setembro de 2015

DEMOCRACIA PT promete legitimar mandato de Dilma e abrir espaço para Lula em 2018 Primavera Democrática reúne 3 mil militantes em SP contra o "golpe" à presidenta; CUT promete proposta alternativa à política econômica

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Rui Falcão: "Nós fizemos o PT para mudar o Brasil, para mudar a vida do povo, para que a democracia seja melhor do que é hoje"
São Paulo – O presidente nacional do PT, Rui Falcão, participou ontem (26) do ato "Primavera Democrática", na Praça da Sé, no centro da capital paulista, com aproximadamente 3 mil militantes que se manifestaram contra o golpe ao mandato da presidenta Dilma Rousseff e em defesa da democracia. O evento foi promovido pelo diretório municipal do PT em São Paulo e pela Frente Todos Pela Democracia, formada por PT, PCdoB, PDT e PCO.
Rui Falcão afirmou que o "povo está na expectativa" por uma eventual candidatura do ex-presidente Lula nas eleições de 2018. "Por isso, nas ruas, nas praças, nós vamos defender o mandato legítimo da Dilma, nós vamos evitar que haja golpe e nós vamos preparar o caminho para continuar com nosso projeto nacional, tendo à frente, de preferência, em 2018, o presidente Lula", disse.
Ele também defendeu o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, condenado a 15 anos de prisão na Operação Lava Jato, acusado de receber propina em forma de doação oficial do PT em contratos firmados por empresas com a Petrobras. "O que não podemos aceitar é que em nome do combate à corrupção sejam feitas investigações seletivas, tentando criminalizar o PT, e com o PT toda a esquerda e todos os movimentos sociais", disse Falcão.
"Nós estamos no mesmo lugar que houve um dos maiores atos em defesa das eleições diretas no Brasil e hoje é para dar um recado aos golpistas de que não haverá golpe. Nós fizemos o PT para mudar o Brasil, para mudar a vida do povo, para que a democracia seja melhor do que é hoje", encerrou.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, diz que a central apresentará no próximo dia 13, em seu congresso, uma plataforma de medidas para contrapor a atual política econômica. "Vamos apresentar uma plataforma econômica popular. Não achamos que o ajuste é política de governo. Somos favoráveis a emprego e renda. A CUT acha que a alternativa à crise não é somente cortes." A central vai propor redução de juros, barateamento de crédito e utilização do compulsório dos bancos para financiar o crédito dos trabalhadores do setor privado.
Um dos assuntos mais destacados pelos que subiam ao palanque foi o ataque terrorista ao Instituto Lula no fim de julho, o qual foi classificado como o começo de uma batalha intolerante da oposição. Os participantes empunhavam bandeiras a favor do governo Dilma, cartazes rechaçando o impeachment e em diversos momentos puxavam um coro de “Não vai ter golpe!”.
O presidente estadual do PT, Emídio de Souza, também avaliou a manifestação como ferramenta importante para combater a tentativa de golpe no Brasil e pela defesa das políticas que têm mudado a vida dos brasileiros. “Nós temos de dar um basta nessa tentativa da direita de querer chegar ao poder sem voto, pela via do golpe.”
Segundo o vereador Paulo Fiorilo, presidente municipal do PT, o ato foi principalmente uma defesa do governo Dilma e do PT e contra a “criminalização dos movimentos sociais”. "Não podemos tolerar a criminalização dos movimentos sociais e do PT. Estamos aqui porque entendemos que é nas ruas que temos de defender a democracia. O PT é um partido que se construiu nas lutas e nós vamos continuar lutando".
Para Amazonas, filho do ideólogo e formador do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), João Amazonas, Dilma e Lula estão sendo atacados diariamente em virtude das grande conquistas que atingiram nos últimos anos. “Estamos aqui reafirmando nosso compromisso com as conquistas atingidas desde a primeira eleição vencida pelo Partido dos Trabalhadores. A oposição, a elite, não se conforma com o avanço das classes pobres. Estamos vendo a intolerância desta elite com aquela covardia que fizeram com o Stédile”, disse, fazendo menção ao protesto contra o líder do MST no Aeroporto de Fortaleza, organizado por advogados nacionalistas.
Oswaldo Bezerra, também conhecido como Pipoka, coordenador-geral do Sindicato dos Químicos de São Paulo, falou sobre a necessidade de a classe trabalhadora se organizar para fortalecer a democracia. “A luta dos trabalhadores é a luta pela democracia. É a luta contra àqueles que não aceitaram o resultado da eleição e estão tentando derrubar a presidenta. Precisamos ir para às ruas, tomar às praças, avenidas e indústrias, fortalecendo o trabalhador e lutando contra o golpe.”
Com informações do PT, Brasileiros e Valor

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