Um acampamento de migrantes na fronteira entre a França e a Itália foi desmantelado nesta quarta-feira (30) pela polícia italiana, mas os ocupantes – quase 50 refugiados e ativistas – se refugiaram em uma área da costa.
O fim do acampamento foi decidido pela justiça de Imperia (Itália), que acusou os ocupantes de roubo de água e energia elétrica, segundo um porta-voz da polícia.
Trinta migrantes e 20 ativistas italianos, alertados sobre a decisão, abandonaram o local e buscaram refúgio em uma área de rochas da costa.
Os migrantes e os ativistas exibiram uma faixa com uma frase em inglês que significa "queremos a liberdade de atravessar a fronteira".
O acampamento, que estava a 100 metros da fronteira francesa e perto da cidade de Menton, reunia, dependendo do dia, até 250 pessoas, segundo Giuseppe Maggese, vice-comandante da polícia de Imperia.
O último balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) aponta que mais de meio milhão de migrantes e refugiados chegaram à Europa depois de atravessar o Mediterrâneo desde o início do ano.
O último balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) aponta que mais de meio milhão de migrantes e refugiados chegaram à Europa depois de atravessar o Mediterrâneo desde o início do ano.
Do total, quase 383 mil desembarcaram na Grécia e 129 mil na Itália. Ao mesmo tempo, 2.980 migrantes morreram ou desapareceram durante a travessia, segundo o Acnur.
Na semana passada, os países europeus aprovaram a distribuição de 120.000 migrantes entre os Estados membros da UE e uma ajuda financeira aos países vizinhos da Síria, que recebem milhões de refugiados.Apesar dos esforços da operação europeia de busca e resgate Frontex, que salvou dezenas de milhares de vidas este ano, o Mediterrâneo continua sendo a via mais letal para os refugiados e os migrantes, segundo a ONU.
Mas a ONU fez um apelo aos dirigentes europeus para que façam mais para enfrentar o maior fenômeno migratório na Europa desde 1945.
Nenhum comentário:
Postar um comentário