SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, destacou na noite de quinta-feira que o Brasil tem as ferramentas de proteção necessárias para garantir o bom funcionamento dos mercados e da economia num momento de turbulência.
Questionado sobre o uso das reservas em um momento de disparada do dólar ante o real, Levy disse que essa é uma possibilidade, mas que cabe ao Banco Central decidir
"Temos 370 bilhões (de dólares) de reservas, isso é um valor muito significativo. Então o Brasil está protegido. E também porque na área do Tesouro acumulamos a partir de março recursos adicionais que nos permitem nesse momento dar fôlego aos investidores", disse ele a jornalistas em evento da revista Isto É Dinheiro, em São Paulo.
Na quinta-feira, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que a autoridade monetária irá assegurar que o mercado de câmbio funcione de forma eficaz, e não descartou usar diretamente as reservas internacionais para segurar a escalada do dólar sobre o real.
Sobre o programa de swaps cambiais, o ministro da Fazenda afirmou que esse mecanismo serve como seguro, ou proteção, para as empresas, que segundo ele têm comprado uma parte significativa dos swaps e por isso têm conseguido enfrentar a alta do dólar.
"O swap não é feito para interferir, mas ao mesmo tempo permite que as reservas que o Brasil tem sejam usadas de forma eficiente para proteger o setor produtivo", disse Levy.
Com o dólar rompendo a barreira dos 4 reais, o BC intensificou suas intervenções no câmbio nesta semana com leilões de venda de dólares com compromisso de recompra e leilão de novos swaps cambiais. Na quinta-feira, o dólar chegou a 4,2491 reais na máxima da sessão, mas fechou cotado a 3,9914 reais após as declarações de Tombini.
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