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defensoresdosanimais.
Autor: Lilian
Rockenbach
Hoje em dia a proteção animal virou um modismo. Muita
gente acha bacana dizer que é “Protetor de Animais”, mas o que exatamente é ser
um “Protetor de Animais”?
Para começar gostaria de esclarecer que proteger animais
não é chamar uma ONG ou ligar para um protetor independente quando um animal
está sendo mal tratado. Proteger animais também não é ficar no computador
apenas repassando pedidos de ajuda, nem se sentir no direito de exigir e cobrar
que pessoas ligadas à causa façam o que você considera certo fazer. Estas são
apenas formas de divulgar ações e necessidades ligadas à causa, e não a
proteção em sua essência.
Em primeiro lugar é importante saber que protetores de
animais são pessoas iguais a você, eles trabalham, estudam, possuem família,
filhos, quintal pequeno, moram em apartamento em alguns casos, mas decidiram
arregaçar as mangas e fazer a diferença. Um dia desses eu ouvi que “ser
protetor de animais é um apostolado”, e isso significa você dedicar sua vida,
seu tempo e seu dinheiro a uma causa que muito provavelmente “nunca” lhe trará
nenhum retorno material. Consiste também em mudar seus hábitos alimentares
(parar de consumir carne), hábitos de diversão (rodeios, vaquejadas, touradas,
feiras de exposição, de exploração, de competição, etc.), hábitos de consumo
(roupas de origem animal como casacos de pele, etc.), hábitos em geral.
O “protetor de animais” muda sua visão em relação à vida,
passa a respeitar toda forma de vida, passa a lutar pela defesa dos direitos
dos animais, pela castração, pela adoção, por leis mais rígidas e que os
defendam, pela conscientização da população, contra a exploração animal em
todas as suas formas, contra o comercio de animais, etc.
Ninguém muda estes hábitos facilmente, nenhuma pessoa que
conheço amanheceu e disse: a partir de
hoje sou um protetor de animais e vou deixar de fazer tudo o que fiz a minha
vida inteira. A vontade de ajudar nos impulsiona a levantar e ir, com o tempo
criamos cada vez mais a consciência em relação aos assuntos relacionados à
causa, nossos hábitos são mudados aos poucos e gradativamente. É uma luta
pessoal contra nós mesmos, e em alguns casos, contra nossos familiares que não
conseguem entender e aceitar essa mudança.
Ser um “protetor de animais” é ter responsabilidade
social de maneira totalmente independente da caridade. Promover a
conscientização em relação ao respeito aos animais é uma das bandeiras mais
importantes da causa, fazer com que as pessoas enxerguem que o animal tem uma
vida que precisa ser respeitada, é uma batalha constante. Os animais existem da
mesma maneira que todos nós possuímos suas individualidades e não estão aqui
para nos servir.
Os defensores dos animais devem ser felizes com sua
bandeira, devem se orgulhar do que fazem. Se defender animais te trouxer algum
tipo de angústia, talvez seja a hora de repensar e mudar de causa. Os animais
precisam de pessoas sensatas, que estejam sempre empenhadas em aprender, que
estejam dispostas a tentar mudar o mundo, mas se conseguirem mudar apenas a
pessoa que está ao seu lado, já fizeram muito mais do que 99% da população. Os
animais não podem se defender, eles só têm a nós, seres humanos, para
defendê-los, e exatamente por isso temos que nos manter equilibrados para
fazê-lo, e fazer com prazer, paixão e de maneira otimista. Pessoas agressivas e
desacreditadas, não apenas na causa animal, mas em todas as causas, geralmente
não conseguem atingir seus objetivos na sociedade, pois não conseguem
desenvolver o potencial necessário para valorizar a causa que defendem.
Tenha sempre à frente, e como referência, pessoas
inseridas na causa e que desenvolvam um trabalho baseado na seriedade e, acima
de tudo, idoneidade. Fuja dos falsos protetores, pessoas que estão inseridas na
causa tentando tirar benefícios materiais ou prestígio. Acredite em você e em
seus objetivos, arregace as mangas e faça, não tenha projetos alimentados
apenas pela esperança, estabeleça objetivos e metas, faça você também a diferença.
Pense qual a melhor forma de ajudar os animais, quais os seus pontos fortes, se
você gostaria de trabalhar com resgates, com adoção, com maus tratos, com
educação, contra exploração, etc. Acredite em você, e dê o seu melhor.
Abrace uma causa, qualquer causa, mas faça-o com
responsabilidade e de coração aberto. Mude seus conceitos, abandone os
preconceitos e faça a diferença.
Existem 3 tipos de pessoas: As que fazem acontecer, as
que deixam acontecer e as que perguntam o que aconteceu? (John Richardson Jr)
Lilian Rockenbach – http://migre. me/Fi9a
Fonte:
http://lilian.rockenbach.zip.net/arch2010-04-01_2010-04-30.html
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