AFP / Norberto Duarte
A presidente chilena, Michele Bachelet, em Luque, Paraguai, no dia 20 de agosto de 2015
Deputados da direita oposicionista chilena anunciaram nesta quinta-feira que irão apresentar uma nova queixa por crimes informáticos ao Ministério Público contra Sebastián Dávalos, filho mais velho da presidente Michelle Bachelet, sobre quem já pesam outras duas denúncias por suposta corrupção.
A denúncia foi feita depois que um funcionário do serviço de informática da Casa do Governo revelou, na última quarta-feira, que Dávalos pediu para apagar informações do computador que usava antes de renunciar ao cargo de diretor da área Sócio-Cultural da Presidência, em declaração feita a uma comissão do Congresso que investiga um caso de corrupção envolvendo o filho de Bachelet.
"A ação é contra Sebastián Dávalos e também contra demais responsáveis, porque está claro que houve um acordo para a destruição permanente de dados" que estavam no computador, disse Marcela Sabat, deputada do partido Renovação Nacional e membro da comissão.
Dávalos e sua esposa já são investigados pelo Ministério Público por uso de "informação privilegiada" e "tráfico de influência" para realizar um negócio imobiliário milionário, caso descoberto em fevereiro que resultou numa primeira queixa junto à Procuradoria feita por deputados da oposição contra o filho de Bachelet.
O procurador, então, ordenou a apreensão do computador de Dávalos.
A nova ação legal é sustentada no fato de que "alguém mexeu no computador de Dávalos e isso precisa ser esclarecidos", disse o deputado Felipe Ward, do partido ultraconservador União Democrática Independente (UDI).
Outra ação foi ajuizada pela oposição maio passado contra o filho de Bachelet por suborno. Dávalos e a esposa já depuseram duas vezes por este caso.
O episódio que envolve Dávalos foi um golpe para o governo de Bachelet, cuja popularidade despencou até alcançar uma inédita desaprovação de 72%, de acordo com uma pesquisa recente.
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