AFP / JIM WATSON
Leonardo De Deus comemora o bicampeonato na prova dos 200 m borboleta, em 15 de julho, em Toronto
O Brasil dobrou seu total de medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto ao subir seis vezes no lugar mais alto do pódio nesta terça-feira, com destaque para a natação e o judô, que conquistaram dois títulos cada.
Além dos seis ouros, foram duas pratas e nove bronzes, somando 17 medalhas em apenas um dia de competição, o melhor, de longe, desde o início do evento.
Mesmo assim, o Brasil ocupa apenas a quinta posição do quadro geral, com 12 ouros, 8 pratas e 21 bronzes, atrás da surpreendente Colômbia (4º) e do trio de favoritos formado por Canadá (1º), Estados Unidos (2º) e Cubá (3º).
Como na segunda-feira, o primeiro ouro do dia veio na canoagem, com a grande promessa brasileira desse Pan, Isaquias Queiroz.
Depois do título no C1-1000 m, o baiano de apenas 21 anos repetiu a dose no C1-500m. Isaquias fecha sua primeira participação no evento com três medalhas, já que havia levado a prata na véspera, ao lado de Erlon de Souza no C2-1000 m.
"É incrível ter conseguido dois ouros e uma prata nesses Jogos. Agora vou me concentrar no Mundial", afirmou o jovem brasileiro, grande esperança de medalha para as Olimpíadas do Rio-2016.
Para fechar a boa participação no último dia de disputa da canoagem em Toronto, a equipe brasileira subiu outras três vezes ao pódio.
Edson Freitas foi medalha de prata no K1-200m, antes de conquistar um bronze ao lado de Hans Mallmann no K2-200m. A outra medalha de bronze do dia foi de Valdenice Conceição no C1-200m.
O Brasil terminou em terceiro lugar no quadro de medalhas da modalidade (2 ouros, 3 pratas e 4 bronzes), ficando atrás de Cuba e Canadá.
- Zanetti confirma favoritismo -
Poucas horas depois, foi a hora da grande estrela brasileira deste Pan dar um show em Toronto.
Atual campeão olímpico, Arthur Zanetti confirmou o favoritismo ao faturar o ouro nas argolas, conquistando o único grande título que ainda faltava na sua carreira, já que também foi campeão mundial, em 2013, em Antuérpia.
O ginasta de 25 anos já havia levado uma medalha de prata no sábado, na prova por equipes.
AFP / GEOFF ROBINS
Luciano Corrêa também conquistou o bicampeonato, em 15 de julho, em Toronto
Nas competições disputadas à noite, brilhou a estrela de dois bicampeões, o nadador Leonardo de Deus e o judoca Luciano Corrêa, que confirmaram o título conquistado há quatro anos, em Guadalajara.
Na piscina, Léo venceu a prova dos 200 m borboleta, travando uma disputa palmo a palmo com o peruano Mauricio Fiol, que superou na batida, por apenas cinco centésimos (1:55.01).
"Vinha treinando bastante para o Mundial (que começa no fim do mês, em Kazan, na Rússia), e dei meu máximo, nadei no meu melhor nível. Esta é minha segunda medalha de ouro, e estou muito feliz", vibrou o nadador de 24 anos.
Já Thiago Pereira fez história sem precisar cair na água. 'Mister Pan' não nadou, mas tornou-se o maior medalhista da história do Brasil em Jogos Pan-Americanos, por ser o quinto homem da equipe do 4x100 m, que conquistou a medalha de ouro.
Foi sua 19ª medalha, superando a marca do também nadador Gustavo Borges (18). Thiago, que disputará outras sete provas em Toronto, mira agora o recorde do ex-ginasta cubano Erick López Ríos, que subiu ao pódio 22 vezes.
Os titulares do revezamento - João De Lucca, Bruno Fratus, Nicolas Oliveira e Marcelo Chierighini - quebraram o recorde Pan-Americano, com o tempo de 3:13.66, garantindo o quinto título consecutivo do país na modalidade.
O Brasil conquistou outras três medalhas neste primeiro dia da natação, todas de bronze, com Marcelo Chierigini (100 m livre), Joanna Maranhão (200 m borboleta) e a equipe feminina no revezamento 4x100 livre.
- Ippon cinematográfico -
No mesmo momento em que nadadores entraram em cena, os judocas se despediam do evento.
Luciano Corrêa se sagrou bicampeão pan-americano da categoria até 100 kg, mas quem impressionou a todos foi David Moura.
O peso-pesado conquistou o ouro com direito a ippon espetacular para derrubar o equatoriano Freddy Figueroa numa técnica de sacrifício, depois de poucos segundos de luta.
Atual campeã mundial da categoria até 78 kg, Mayra Aguiar teve que se contentar com a prata, ao perder mais uma vez para sua grande rival, a americana Kayla Harrisson, sua algoz nas semifinais das Olimpíadas de Londres, quando acabou ficando com o bronze.
Já Maria Suelen Altheman (acima de 78 kg) conquistou um bronze com sabor de ouro, dando um belo exemplo de superação ao subir ao pódio depois de ficar nove meses parada por conta de uma grave lesão no joelho.
O Brasil terminou na liderança do quadro geral da modalidade, com 13 medalhas de 14 possíveis, cinco ouros, três pratas e seis bronzes.
Houve mais uma medalha brasileira no levantamento de peso. Depois da Bruna Piloto, foi a vez de Jaqueline Ferreira conquistar o bronze, na categoria até 75 kg.
No badminton, o Brasil garantiu ao menos a prata nas duplas masculina e feminina, que lutarão pelo ouro na quarta e na quinta-feira, enquanto a dupla mista parou nas semifinais, e ficou com o bronze.
O polo aquático também rendeu medalha, com o bronze da seleção feminina, que derrotou Cuba por 9 a 6.
Nenhum comentário:
Postar um comentário