Um dos oito agressores mortos nos atentados de Paris foi identificado, segundo a imprensa francesa. É um cidadão francês na casa dos 30 anos, conhecido pelo serviço de inteligência do país. Foi identificado graças a pistas encontradas no local da explosão da casa de shows Bataclan, conforme afirma o jornal Le Monde. Autoridades parisienses subiram para 129 o número de mortos no atentado desta sexta-feira, com 352 feridos, dos quais 89 em estado crítico. Oito dos agressores morreram.
O ministro da Justiça da Bélgica, Koen Geens, declarou em entrevista à rede flamenca VRT que cinco pessoas foram detidas e que as operações em Molenbeek têm ligação com os atentados na França, especificamente com o carro encontrado perto do Bataclan, que tinha licença belga. O veículo era alugado. Aparentemente há um segundo carro belga no palco de outro dos atentados. A promotoria do país, encarregada da investigação, fornecerá informações oficiais em algumas horas.A Bélgica, país vizinho, parece fazer novamente parte da trilha que leva aos terroristas, da mesma forma que ocorreu nos dois atentados que abalaram Paris em janeiro. A polícia local fez várias operações neste sábado no bairro bruxelense de Molenbeek, com um grupo de policiais fortemente armados.
Além do bairro de Molenbeek, que tem importante núcleo de população árabe, vários distritos de Bruxelas tiveram forte presença policial. Três dos terroristas envolvidos nos acontecimentos na França saíram desse bairro, segundo informa o jornal belga La Dernière Heure. E testemunhas dos atentados disseram ter visto uma placa da Bélgica entre os veículos usados pelos envolvidos. A imprensa francesa explica que foram canhotos de estacionamento de carros com placas belgas encontrados em Paris que levaram os investigadores a Molenbeek.
Passaporte sírio
Os investigadores acharam também um passaporte sírio perto do corpo de um dos suicidas de Saint Denis, sem conseguir determinar se há ligação entre ele e o documento. O passaporte sírio encontrado foi emitido no dia 10 de outubro na ilha grega de Leros, de acordo com o ministro grego de Proteção ao Cidadão, Nikos Toskas. No comunicado, o ministro ressaltou que não há certeza se o passaporte pertencia à pessoa que o levava nem se é um dos terroristas ou uma vítima.
Por ora, a Bélgica não elevou seu nível de alerta – já alto desde os atentados de janeiro em Paris -, mas faz checagens especiais nas fronteiras, segundo o Governo. Além disso, será implantado mecanismo especial de segurança na próxima terça-feira, em razão do jogo de futebol entre a Espanha e a Bélgica no estádio Rei Balduíno, no bairro de Heysel, em Bruxelas. As autoridades recomendam não levar mochilas ou outras coisas que requeiram inspeções de segurança além das normais.
Na Alemanha, a polícia da Bavária deteve no dia 5 de novembro um montenegrino com metralhadoras, granadas de mão e vários quilos de explosivos. O sistema de navegação indicava o caminho de Paris. "Agora se investiga se isso significa que haja conexão com os atentados ou não", disse o ministro do Interior, Thomas de Maizière, informa Luis Doncel.
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