sábado, 14 de novembro de 2015

14/11/2015 12h00 - Atualizado em 14/11/2015 12h33 Arquiteto é um dos brasileiros feridos em atentados terroristas na França Gabriel Sepe, de 29 anos, estava no restaurante Le Petit Camboge. Ele levou 3 tiros nas costas e estado de saúde é estável, diz família.

Arquiteto Gabriel Sepe foi baleado com três tiros nas costas (Foto: Reprodução/ Facebook)

O arquiteto de Rio Claro (SP) Gabriel Sepe foi baleado com três tiros nas costas (Foto: Reprodução/ Facebook)
O arquiteto de Rio Claro (SP) Gabriel Sepe, de 29 anos, foi um dos dois brasileiros baleados  durante os atentados terroristas na noite desta sexta-feira (14), no restaurante Le Petit Camboge, nas proximidades do canal Saint-Martin, em Paris, na França. Ele levou três tiros nas costas e o estado de saúde é estável, segundo a família.
A cônsul-geral do Brasil na França, Maria Edileuza Fontenele Reis, informou que ele e uma mulher, que também foi atingida, estãofora de risco. "A gente acredita, tem muita fé que ele vai passar por isso, que ele vai voltar para cá", afirmou a tia do rapaz, Liege Sepe, à EPTV, afiliada da TV Globo. O pior ataque da história francesa deixou 128 mortos e 250 feridos.
Gabriel nasceu em Rio Claro e se mudou para São Paulo ainda criança. A família da mãe dele vive em São Carlos. Ele embarcou no domingo (8) e foi neste dia que a família fez o último contato pela internet. O arquiteto faria a apresentação de um trabalho e ficaria na capital francesa até o fim do mês.
Ele teve uma hemorragia intensa e precisou fazer uma transfusão de sangue. Agora ele está em observação"
Liege Sepe, tia do arquiteto
Segundo a tia, que vive em São Carlos, ele jantava com amigos quando terroristas invadiram o restaurante. Uma estudante brasileira, amiga dele, também ficou ferida. A identidade dela não foi divulgada.
"Ele foi apresentar um trabalho e ele estava em uma confraternização, comemoração no restaurante, e entraram atirando aleatoriamente, acertaram três tiros nas costas dele”, contou Liege. A família ficou sabendo da notícia durante a noite. "Foi por volta das 21h, a minha cunhada ligou dizendo que ele tinha sido baleado e que ele estava indo para o hospital".
Ainda segundo a tia, ele foi levado para o hospital e passou por uma cirurgia. "Ele teve uma hemorragia intensa e precisou fazer uma transfusão de sangue. Agora ele está em observação. A última notícia que eu tive agora de manhã é de que ele está estável. A gente acredita, tem muita fé que ele vai passar por isso que ele vai voltar para cá. Temos que rezar muito, pedir muito para ele se recuperar e vir embora o quanto antes para cá", afirmou a tia.
De acordo com a tia, a família viaja ainda neste sábado (14) para a França. "Os pais conseguiram uma passagem para Paris, às 18h, e espero que eles consigam ir, que não cancelem o voo e que eles consigam chegar lá para ver o filho", destacou.
Ela não se conforma com a violência dos atentados. "A cada dia está ficando pior e não vão chegar a nada, isso só vai piorar. Onde que eles vão chegar com tudo isso com esse ódio que eles tem, onde eles vão chegar? Eu não sei, não vão chegar a lugar nenhum. Infelizmente esse ódio só aumenta e só aumenta", lamentou a tia.
Atentados
O grupo radical Estado Islâmico reivindicou nesta sábado (14) a responsabilidade por ataques que mataram mais de 120 pessoas em Paris. É o pior ataque à França na história recente.
Explosões perto do Stade de France na noite desta sexta, durante um jogo entre as seleções da França e Alemanha, e três tiroteios espalhados pela capital francesa deixaram ao menos 120 mortos e dezenas de feridos, segundo a polícia parisience.
O Itamaraty divulgou nota na qual informa que o governo brasileiro manifesta "sua profunda consternação pela série de bárbaros atentados" ocorridos na noite desta sexta.
"Ao mesmo tempo em que transmite suas condolências aos familiares das vítimas e empenha sua plena solidariedade ao povo francês e ao Governo da França, o Brasil condena os ataques nos mais fortes termos e reitera seu firme repúdio a qualquer forma de terrorismo, qualquer que seja sua motivação", diz o texto da nota.
Policiais e bombeiros trabalham ao lado de corpos de vítimas de tiroteio que foram cobertos na calçada em frente a um restaurante de Paris, na França (Foto: Philippe Wojazer/Reuters)Policiais e bombeiros trabalham ao lado de corpos de vítimas de tiroteio que foram cobertos na calçada em frente a um restaurante de Paris, na França (Foto: Philippe Wojazer/Reuters)

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