AFP / MOHAMMED HUWAIS
Uma trégua humanitária entrou em vigor no Iêmen nesta sexta-feira para que uma ajuda de urgência chegue aos civis vítimas do violento conflito no país, que enfrenta a ameaça da fome
Uma trégua humanitária entrou em vigor no Iêmen nesta sexta-feira para que uma ajuda de urgência chegue aos civis vítimas do violento conflito no país, que enfrenta a ameaça da fome.
A pausa nos combates teve início às 23h59 de sexta-feira (17h59 de Brasília) e seguirá até o fim do Ramadã, em 17 de julho.
O anúncio ocorre oito dias após as Nações Unidas declararem no Iêmen o nível 3 de emergência humanitária, o maior em sua escala, com cerca da metade das regiões do país enfrentando uma crise alimentar.
"É imperativo e urgente que a ajuda humanitária chegue às pessoas vulneráveis do Iêmen sem obstáculos e através de uma pausa humanitária incondicional", disse na quinta-feira o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, recebeu garantias dos rebeldes xiitas huthis e de outras partes de que "a pausa será respeitada completamente e que não irão ocorrer violações de nenhum combatente sob seu comando", acrescentou.
Mais de 21,1 milhões de pessoas, mais de 80% da população do Iêmen, precisam de ajuda humanitária, com 13 milhões sofrendo com escassez de alimentos, enquanto outros 9,4 milhões têm dificuldades para ter acesso à água.
O caos no Iêmen se aprofundou depois que a coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, lançou bombardeios no fim de março para evitar o avanço dos rebeldes huthis, que levaram o presidente Abedrabbo Mansour Hadi ao exílio e são apoiados pelo Irã.
A Arábia Saudita e seus aliados do Golfo exigem que os huthis retrocedam no território tomado em sua ofensiva e que Abedrabbo Mansour Hadi volte ao poder.
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