A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (9), na cidade russa de Ufa, que a crise financeira internacional persiste afetando países ricos e os em desenvolvimento e que, na visão dela, os Brics (grupo de países que reúne Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul), continuarão a impulsionar o desenvolvimento global. Ela ainda pediu mais espaço para os países do grupo em organismos de governança mundial, como o Fundo Monetário Internacional e o Conselho de Segurança da ONU.
Dilma fez as declarações durante discurso na sessão plenária da VII Cúpula dos Brics, realizada na Rússia. Em sua fala, ela disse ainda que chegou o fim do "super ciclo" das commodities e que, com a crise financeira, "a recuperação dos países desenvolvidos ainda é lenta e frágil e o crescimento dos países em desenvolvimento foi agora afetado".
"A persistência da crise passou a exigir das nossas políticas econômicas novas respostas. Sabemos que chegamos ao fim do super ciclo das commodities. Sabemos que ainda permanece muita volatildidade no setor financeiro. Os emergentes, principalmente os Brics, estou certa disso, continuarão a ser a força motriz do desenvolvimento global. Seu peso deve se refletir nas instituições de governança internacional, o que reforça a necessidade de reformulação do fundo monetário", afirmou a presidente.
O discurso de Dilma foi acompanhado pelo presidente russo, Vladimir Putin; o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi; o presidente da China, Xi Jinping; e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma.
Dilma defendeu também reformulação no Conselho de Segurança da ONU. "O Brasil acredita que um Conselho de Segurança da ONU reformado e ampliado será mais legítimo e eficaz no sentido de garantir a paz internacional e a segurança coletiva", afirmou a presidente.
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