Focada nas pedaladas matinais que têm feito muito bem à sua saúde, Dilma parecia não enxergar que os problemas políticos se acumulavam.
No último domingo, contudo, depois de uma barulhenta convenção do PSDB, ela viu a necessidade de se movimentar: determinou a ministros que fizessem a defesa do governo e convocou duas reuniões para esta segunda feira. A primeira da chamada articulação política e no começo da noite do conselho político, que reúne os presidentes dos partidos aliados.
O primeiro sinal veio depois da viagem aos Estados Unidos, que integrantes do governo consideraram um sucesso (ela recebeu seguidos elogios de Barack Obama e do vice Joe Biden), mas tudo acabou ofuscado pelos problemas internos.
Durante a viagem, Dilma insistiu em falar de problemas internos, como comentar trechos da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, alvo de investigações na Operação Lava Jato. O que poderia ganhar com a viagem, Dilma perdeu ao não se desligar dos problemas internos.
Nesse ambiente, o governo começou a ver sua base parlamentar se esfarelar no Congresso. Perdeu duas votações importantes – o fim do fator previdenciário e o reajuste do Judiciário.
Ao mesmo tempo, na Câmara, foi aprovada emenda que reduz a maioridade penal. Embora não seja assunto de governo, Dilma citou a proposta como uma vitória (que durou menos de 24 horas, quando a primeira proposta foi rejeitada na Câmara). Na segunda, a derrota mostrou a fragilidade da base, ou falta de capacidade de iniciativa.
Na reação organizada para esta segunda-feira, Dilma obteve bom resultado: o vice Michel Temer – que na semana passada não quis comentar a sugestão de Eduardo Cunha para que se afastasse da articulação política (ele disse que continuará trabalhando para articular a base do governo) – e vários líderes de partidos aliados deixaram de lado o silêncio e saíram em defesa do governo.
Ponto para Dilma. Afinal, outros dois problemas não dependem de um movimento tão rápido. São eles, a crise econômica que está levando o Brasil ao crescimento negativo, e a popularidade de um dígito, que assusta qualquer governante.
Na reação organizada para esta segunda-feira, Dilma obteve bom resultado: o vice Michel Temer – que na semana passada não quis comentar a sugestão de Eduardo Cunha para que se afastasse da articulação política (ele disse que continuará trabalhando para articular a base do governo) – e vários líderes de partidos aliados deixaram de lado o silêncio e saíram em defesa do governo.
Ponto para Dilma. Afinal, outros dois problemas não dependem de um movimento tão rápido. São eles, a crise econômica que está levando o Brasil ao crescimento negativo, e a popularidade de um dígito, que assusta qualquer governante.
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