Vera tirou fotos do cachorro e postou nas redes sociais. Uma ONG de Cubatão viu a postagem e conseguiu ajuda para recolher o animal. “Eles deram alimentação, injeção e tiraram muitas larvas, além de terem limpado a boca. Eu peguei e o trouxe para a minha casa”, conta ela. A motorista suspeita que ele tenha sido vítima de algum tipo de violência, já que os veterinários acharam pólvora dentro da boca do cão.
Durante a convivência com o animal, Vera Lucia sempre notou que ele era muito arisco, mas, também, muito forte por aguentar viver com a boca totalmente deformada. Por isso, Lucia começou a chamá-lo de Bambam. “O nome é porque ele é baixinho, troncudinho e forte. Eu achei bonito. Veio na cabeça e ele gostou também”, lembra Lúcia.
Durante a convivência com o animal, Vera Lucia sempre notou que ele era muito arisco, mas, também, muito forte por aguentar viver com a boca totalmente deformada. Por isso, Lucia começou a chamá-lo de Bambam. “O nome é porque ele é baixinho, troncudinho e forte. Eu achei bonito. Veio na cabeça e ele gostou também”, lembra Lúcia.
Depois de dois dias, a motorista soube que o hospital veterinário da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) poderia avaliar o caso de Bambam e encontrar uma solução para a boca do cachorro, que permanecia aberta durante todo o tempo.
“Ele chegou todo deformado. Sedamos ele para ver se as vias respiratórias estavam íntegras. Olhando, parecia que tinha alguma coisa comprometida, mas estava tudo bem. A gengiva estava toda exposta, ressecando. Ele comia, bebia água, respirava bem mas era um cachorro horrível de se olhar”, afirma a professora universitária e cirurgiã veterinária Paola Américo.
A equipe do hospital-escola fez uma reconstrução de face em Bambam, de forma gratuita, já que a motorista não tinha condições de pagar pelo procedimento, que custa cerca de R$ 2 mil. O resultado da operação, que durou duas horas, foi excelente. “Aqui na faculdade a gente nunca tinha feito. É difícil receber casos que tem que fazer reconstrução estética no cão. Ali tinha um comprometimento perante a sociedade muito grande. A dona Vera saia na rua e as pessoas atravessavam a rua com medo dele, porque ele parecia um monstro”, explica Paola.
No mesmo dia da cirurgia, Bambam foi para a casa de Vera e começou a tomar os medicamentos pós-cirúrgicos. Depois de quatro dias, porém, Bambam foi atacado por um cachorro. Vera o levou novamente para o hospital e, desde então, ele está internado em uma clínica particular tomando antibiótico, anti-inflamatório e isolado, para evitar brigas com outros cães. Ele deve ficar no local até se recuperar e estar pronto para uma nova cirurgia. “Assim que for liberado ele vai ficar comigo. Não largo mais. Não tem ninguém que não se apaixone por ele, pelo olhar dele”, finaliza Vera.
Nenhum comentário:
Postar um comentário