O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, anunciou, neste domingo (28), feriado bancário e controle de capitais na Grécia. A decisão, que passa a valer a partir desta segunda-feira, segundo a BBC, foi tomada depois que os gregos começaram a retirar seu dinheiro dos bancos neste fim de semana.
Mais tarde o governo grego anunciou que os bancos ficarão fechados até o dia 6 de julho, e que na noite de segunda-feira os caixas eletrônicos serão reabertos com o limite diário de saque de 60 euros. Não haverá limite no caso de pagamentos de pensões.
Já os turistas estrangeiros e qualquer pessoa com um cartão de crédito emitido fora da Grécia não serão afetados pelos controles de capitais.
Já os turistas estrangeiros e qualquer pessoa com um cartão de crédito emitido fora da Grécia não serão afetados pelos controles de capitais.
A "corrida aos bancos", que deixou mais de um terço dos caixas desabastecidos neste sábado (27), foi uma reação ao anúncio de um referendo no dia 5 de julho para a população opinar se aceita ou não as propostas de austeridade exigidas pelos credores do país. A população teme que o país saia da zona do euro.
Neste domingo, Tsipras culpou os parceiros europeus e o Banco Central Europeu por forçar a Grécia a tomar essa atitude. Ele acrescentou que não vai voltar atrás em sua decisão de realizar o referendo no próximo domingo.
O país passa por um impasse diante de dificuldades de acordo entre o governo grego e os credores de sua dívida (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu). No próximo dia 30, a Grécia deve pagar ao FMI 1,6 bilhão de euros - dinheiro que não tem em caixa.
Para fazer o pagamento, a Grécia depende de ajuda financeira. Porém, 7,2 bilhões de euros em ajuda estão bloqueados, sob a condição de que a Grécia realize reformas econômicas. O governo, no entanto, não concorda com as reformas propostas. As medidas cobradas pela União Europeia e pelo FMI como reformas à economia grega incluem mudanças como aumento de impostos e reduções no sistema de aposentadoria.
Neste sábado, após o anúncio do referendo, os ministros da Economia da zona do euro rejeitaram estender o atual programa de resgate financeiro da Grécia, que expira na terça-feira (30) junto com o vencimento da dívida com o FMI. A extensão seria necessária porque o referendo sobre o tema só vai ocorrer em 5 de julho, dias depois do vencimeFrnto da dívida.
Neste domingo, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou que deve manter os empréstimos de emergência acordados aos bancos gregos em seu nível atual. Apesar disso, a instituição não parece disposta a desviar-se de suas regras, ou seja, a financiar a economia grega além da expiração do plano de ajuda em curso na terça-feira.
Novo pedido de extensão
Tsipras também afirmou que fez um novo pedido de extesão do atual programa de resgate financeiro para líderes da zona do euro neste domingo. "Estou esperando sua resposta imediata para esse apelo fundamental à democracia", disse.
Tsipras também afirmou que fez um novo pedido de extesão do atual programa de resgate financeiro para líderes da zona do euro neste domingo. "Estou esperando sua resposta imediata para esse apelo fundamental à democracia", disse.
"Uma coisa é clara: a recusa à uma extensão curta, e a tentativa de anular um procedimento democrático é um ato profundamente ofensivo e vergonhoso para as tradições democráticas da Europa", acrescentou.
Manifestantes anti-austeridade
Neste domingo, manifestantes anti-austeridade se reuniram em frente aos escritórios da União Européia em Atenas. Muitos erguiam faixas com a palavra "não" em grego, em um pedido para que a população vote contra a aceitação das medidas de austeridade impostas pelos credores no referendo de 5 de julho.
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