O Eurogrupo volta a reunir-se, em Bruxelas, no sábado às 17:00 (16:00 em Lisboa) para uma nova ronda de negociações sobre a questão da Grécia, noticiou hoje a AFP, citando fonte comunitária.
Esta reunião - a quarta na mesma semana e quinta em dez dias - tem lugar a três dias do final do prazo para o pais receber ajuda financeira e pagar ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Se houver entendimento na reunião de sábado dos ministros das Finanças da zona euro, as medidas acordadas entre Atenas e os credores devem ir ao Parlamento grego na segunda-feira, a tempo de estarem aprovadas até terça-feira, data em que termina a extensão do atual programa de resgate e é libertada uma verba de 7,2 mil milhões de euros e quando a Grécia tem de pagar 1,6 mil milhões de euros ao FMI.
"Decisiva" para Merkel e "crucial" para Hollande 
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou hoje que a próxima reunião dos ministros das Finanças da zona do euro, no sábado, será "decisiva" para alcançar um acordo sobre a dívida grega.
"Concordámos que temos de continuar a trabalhar porque o tempo está a esgotar-se e a reunião do Eurogrupo no sábado vai ter uma importância decisiva", disse hoje Angela Merkel, numa conferência de imprensa no final da primeira sessão de trabalhos da cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE, concluída já de madrugada.
O Presidente de França, François Hollande, disse hoje que a reunião do Eurogrupo, no sábado, será "crucial" para a saída do impasse nas negociações sobre o acordo entre os credores internacionais e o governo grego.
"Considero que a reunião de sábado é crucial porque o prazo termina a 30 de junho", disse Hollande.
"Única saída é o acordo"
O ministro das Finanças francês, Michel Sapin, descartou hoje uma saída da Grécia da moeda única e defendeu que a única solução para a crise atual é um acordo do executivo de Atenas com os seus credores.
Sapin escusou-se a abordar o cenário de um "grexit", termo inglês que faz referencia à saída da Grécia do euro, porque, na sua opinião, "não há outra solução além de um acordo que preserve os interesses da Grécia e ao mesmo tempo proteja a Europa".
A saída da Grécia seria negativa para a Europa, "que atualmente recupera o crescimento e necessita de estabilidade", acrescentou o membro do Governo de Paris numa entrevista concedida à emissora "Europe 1".