O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab assumiu nesta segunda-feira o Ministério das Cidades com um discurso de garantia de apoio do partido que criou, o PSD, aos programas do governo Dilma Rousseff. A legenda assumirá a titularidade da pasta, que antes era encabeçada pelo PP.
“Ela (Dilma) lutou, enfrentou obstáculos, perseverou, aprendeu e reassume com a legitimidade dos votos da maioria dos brasileiros. A presidente sabe que terá nosso apoio, o apoio do PSD nessa luta que é de todos que querem um país melhor. Cidades mais respeitosas, que valorizem e fortaleçam a democracia”, discursou o ministro.
Kassab prometeu apoiar programas de responsabilidade da pasta, como o Minha Casa, MinhaVida e parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Apoiar, para o PSD, é participar ativamente do PAC 3, com investimentos de logística, energia, infraestrutura, parcerias privadas. É seguir apoiando a 3ª fase do Minha Casa Minha Vida, e lutar para concretizar a carteira de R$ 143 bilhões para a Mobilidade Urbana para todo o Brasil”, disse.
Kassab criou o PSD em seu segundo mandato como prefeito de São Paulo, encolhendo o partido no qual era filiado, o DEM. A partir de então, passou a se aproximar da presidente Dilma Rousseff, a quem apoiou nas eleições de 2014.
O fortalecimento da sigla permitiu que o partido ocupasse um ministério na esplanada. Guilherme Afif Domingos, ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, é filiado ao PSD, mas Kassab o considera como uma "cota pessoal" de Dilma.
Com 37 deputados eleitos, o partido de Kassab possui a quarta maior bancada da Câmara e tem três senadores. Depois do discurso, o novo ministro negou, no entanto, que vai atuar para garantir suporte da legenda em votações no Congresso. “Eu não vou articular nada, a partir de hoje eu sou ministro das Cidades”, disse, ressaltando que essa atribuição será dos líderes do PSD nas Casas Legislativas.
Evitar desperdícios
Em sua fala, Kassab disse que vai atuar junto a órgãos de controle para evitar desperdícios, em um cenário de contenção de despesas. “Com uma fiscalização que ajuda, orienta, evita atrasos, desperdícios e prejuízos”.
Ele também afirmou que as obras do PAC e do Minha Casa Minha Vida podem aquecer o mercado de trabalho. “Num cenário de rearranjos e contenção de despesas, tudo isso significa empregos, salario e renda para os trabalhadores”.
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