terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Com orçamentos milionários, séries competem de perto com o cinema

Com orçamentos milionários, séries competem de perto com o cinema

Momento é tratado como uma nova era de ouro da televisão por especialistas

 
    

 postado em 27/01/2015 08:00 / atualizado em 27/01/2015 08:34
HBO/Divulgação
 
A produção de Marco Polo, nova aposta do Netflix, custou cerca de US$ 90 milhões (cerca R$ 232,6 milhões). Há alguns anos, essa cifra seria inimaginável para um seriado. No entanto, os dólares não param de jorrar nas produções televisivas, superando, em alguns casos, os orçamentos cinematográficos — o celebrado filmeBoyhood, por exemplo, custou US$ 4 milhões. O atual momento ganhou a marca de nova era de ouro da tevê.

Para Michel Arouca, editor do site Série Maníacos, a qualidade das produções televisivas aumentou por conta dos investimentos. “O orçamento, agora, tem sido semelhante aos de filmes de Hollywood, e isso implica em uma escala de produção muito maior”, opina. Segundo ele, os serviços de streaming, como o Netflix e a Amazon, também exerceram um papel importante. “A acessibilidade foi o que mais mudou”, afirma.

Essa alteração no modelo de consumo fez com que as produtoras tradicionais investissem mais em séries para se manterem no mercado. “As emissoras fechadas, como a HBO, foram forçadas a procurar novas alternativas para se abrir mais ao público e facilitar o acesso a seus produtos”. Assim, surgiram produções que bateram recordes de audiência, como Game of thrones — cada episódio do seriado é visto, em média, por 7,1 milhões de pessoas nos EUA.
“Quem assiste às séries, não se assusta com o resultado das premiações. O nível de qualidade, hoje, está muito superior. Game of thrones é a maior produção da história da televisão mundial, tem uma qualidade cinematográfica que nunca tinha sido vista. Nos Estados Unidos, o seriado chega a ser exibido em qualidade iMax, e mesmo filmes sofrem problemas de resolução para serem transmitidos nessa tecnologia. É uma atração inovadora em investimento e qualidade”, analisa Arouca.

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