A disputa esquentou
Renan Calheiros tem passado os dias na residência oficial da presidência do Senado, telefonando para senadores que vão votar no domingo. A conversa começa sempre com uma brincadeira: "Não abandone os amigos em hora grave"... Um dos que recebeu ligação de Renan foi o tucano José Serra, de quem o senador alagoano se disse amigo e lembra de tê-lo apoiado na campanha de 2002, ano em que Serra venceu em Alagoas.
A pouco mais de dez quilômetros de distância, o outro candidato, Luís Henrique Silveira, também do PMDB, faz sua campanha com uns poucos dissidentes de seu partido - o principal deles Ricardo Ferraço - e avalia que larga na disputa com os votos dos partidos de oposição, PSDB e DEM. A estratégia dele é montar desde já uma chapa completa para a composição da Mesa, com nomes de outros partidos, e assim ampliar o seu eleitorado. A maior cobiça é pelos votos do PSB e do PDT. Se obtiver os votos, isso poderia ameaçar o favoritismo de Renan.
Ex-presidente nacional do PMDB, ex-ministro de Ciência e Tecnologia e governador de Santa Catarina duas vezes, Luis Henrique foi estimulado pela oposição a entrar na disputa contra Renan. Em 2010, isso havia acontecido, mas, na última hora, ele desistiu de enfrentar o correligionário. Desta vez, garante, vai até o fim: "até porque vou ganhar", diz ele com o otimismo próprio dos candidatos.
Para ter condições de enfrentar a disputa com alguma chance, Luis Henrique tomou o cuidado de telefonar para o ministro-chefe da Casa Civil, Aloízio Mercadante, para dizer que não é um candidato de oposição. "O presidente do Senado não deve ser submisso nem antagônico ao governo", repete Luis Henrique. Ele tem esta preocupação para abrir caminho para receber votos do PT. Segundo o senador, Mercadante apenas ouviu. Renan, aliás, está de olho no compromisso do PT com sua candidatura.
Nesta sexta-feira, a bancada do PMDB no Senado vai se reunir para indicar o nome do partido que vai concorrer à presidência do Senado. Como maior partido na Casa, o PMDB tem a prerrogativa de indicar quem será o presidente do Senado pelos próximos dois anos. Nesta platéia, Renan leva ampla vantagem sobre Luis Henrique. Entre 19 votantes, segundo cálculos da equipe de Renan, Luiz Henrique poderá ter no máximo quatro votos - o que o catarinense contesta. Mas ciente de que tará menos votos, vai se lançar como candidato avulso, independentemente do aval de seu partido.
- Eu sou o candidato da mudança. A mudança que está sendo pedida nas ruas e que o nosso PMDB vai promover aqui no Senado - ele diz.
Já Renan faz campanha à moda antiga, ou à sua moda: na conversa de bastidor, por telefone, e com visitas muito discretas. Mas cobrando reciprocidade pelas ajudas dadas ao longo da vida política.
A pouco mais de dez quilômetros de distância, o outro candidato, Luís Henrique Silveira, também do PMDB, faz sua campanha com uns poucos dissidentes de seu partido - o principal deles Ricardo Ferraço - e avalia que larga na disputa com os votos dos partidos de oposição, PSDB e DEM. A estratégia dele é montar desde já uma chapa completa para a composição da Mesa, com nomes de outros partidos, e assim ampliar o seu eleitorado. A maior cobiça é pelos votos do PSB e do PDT. Se obtiver os votos, isso poderia ameaçar o favoritismo de Renan.
Ex-presidente nacional do PMDB, ex-ministro de Ciência e Tecnologia e governador de Santa Catarina duas vezes, Luis Henrique foi estimulado pela oposição a entrar na disputa contra Renan. Em 2010, isso havia acontecido, mas, na última hora, ele desistiu de enfrentar o correligionário. Desta vez, garante, vai até o fim: "até porque vou ganhar", diz ele com o otimismo próprio dos candidatos.
Para ter condições de enfrentar a disputa com alguma chance, Luis Henrique tomou o cuidado de telefonar para o ministro-chefe da Casa Civil, Aloízio Mercadante, para dizer que não é um candidato de oposição. "O presidente do Senado não deve ser submisso nem antagônico ao governo", repete Luis Henrique. Ele tem esta preocupação para abrir caminho para receber votos do PT. Segundo o senador, Mercadante apenas ouviu. Renan, aliás, está de olho no compromisso do PT com sua candidatura.
Nesta sexta-feira, a bancada do PMDB no Senado vai se reunir para indicar o nome do partido que vai concorrer à presidência do Senado. Como maior partido na Casa, o PMDB tem a prerrogativa de indicar quem será o presidente do Senado pelos próximos dois anos. Nesta platéia, Renan leva ampla vantagem sobre Luis Henrique. Entre 19 votantes, segundo cálculos da equipe de Renan, Luiz Henrique poderá ter no máximo quatro votos - o que o catarinense contesta. Mas ciente de que tará menos votos, vai se lançar como candidato avulso, independentemente do aval de seu partido.
- Eu sou o candidato da mudança. A mudança que está sendo pedida nas ruas e que o nosso PMDB vai promover aqui no Senado - ele diz.
Já Renan faz campanha à moda antiga, ou à sua moda: na conversa de bastidor, por telefone, e com visitas muito discretas. Mas cobrando reciprocidade pelas ajudas dadas ao longo da vida política.
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