sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Programa de drones armados dos EUA no Iêmen enfrenta falhas de inteligência

Programa de drones armados dos EUA no Iêmen enfrenta falhas de inteligência

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015 21:58 BRST
 
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WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos estão enfrentando dificuldades crescentes na aquisição da inteligência necessária para executar o seu programa de drones no Iêmen, minando uma campanha contra a ramificação mais letal da Al Qaeda depois que rebeldes do grupo Houthi assumiram o controle de partes do aparelho de segurança do país, disseram autoridades norte-americanas.
Lacunas na inteligência no terreno podem atrasar a luta dos EUA contra um ressurgimento da Al Qaeda no Iêmen e aumentar o risco de ataques que matam pessoas erradas e estimulam o sentimento antiamericano, o que poderia tornar os militantes ainda mais fortes em áreas onde a Al Qaeda já está avançando.
Os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, têm assumido posições em torno de várias instalações de defesa e inteligência cujas equipes haviam colaborado anteriormente com Washington, cortando as principais fontes de informação para ataques de mísseis disparados por drones, os veículos aéreos não tripulados, afirmaram os funcionários à Reuters.
O tumulto provocado após a queda na semana passada de um governo iemenita apoiado pelos EUA, depois de dias de confrontos na capital, Sanaa, já forçou o Departamento de Estado norte-americano a reduzir o pessoal e as operações na sua embaixada.
Autoridades norte-americanas disseram à Reuters na semana passada que Washington também suspendeu algumas operações de combate ao terrorismo, mas descreveram as medidas como temporárias.
A turbulência também lançou dúvidas sobre o futuro de uma parceria-chave para Washington na luta contra a Al Qaeda na Península Arábica (AQAP, na sigla em inglês). Foi só em setembro passado que o presidente dos EUA, Barack Obama, elogiou a cooperação com o Iêmen como um modelo no combate ao terrorismo.
A AQAP reivindicou a responsabilidade pelos tiroteios deste mês, em Paris, que mataram 17 pessoas, e o grupo tem sido acusado de planejar ataques contra interesses norte-americanos.
A crise no país mais pobre do mundo árabe ameaça criar um vácuo de poder que pode permitir o crescimento da AQAP, enquanto empurra o Iêmen em direção a um conflito mais amplo entre a maioria muçulmana sunita e a minoria houthi xiita, que é contra os EUA e a Al Qaeda.
Autoridades dos EUA disseram que o treinamento de forças especiais iemenitas está paralisado na capital, embora algumas atividades conjuntas continuavam no sul, região controlada pelos sunitas.
(Reportagem de Mark Hosenball, Phil Stewart e Matt Spetalnick)
 

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