Quase um milhão de pessoas poderá estar a receber tratamento desnecessário para a asma no Reino Unido, segundo um estudo do Instituto Nacional de Saúde e Cuidado de Excelência.
O organismo criou novas diretrizes para os médicos britânicos, em que defende que deverão ser levados a cabo testes clínicos de diagnóstico da asma, verificando sinais e sintomas, salientando ainda a importância da precisão dos diagnósticos no domínio das doenças respiratórias, pois são "complicados" e a maioria dos pacientes "não recebe tratamento adequado".
Por outro lado, os tratamentos de crianças com menos de 5 anos deverão ser baseados na avaliação e observação de profissionais até que a criança tenha idade suficiente para realizar testes clínicos.
Cerca de 1 em cada 10 adultos com asma desenvolvem a doença porque são expostos a algumas substâncias, como químicos ou pó, no local de trabalho. O instituto recomenda, por isso, que os profissionais de saúde perguntem às pessoas empregadas de que forma é que os seus sintomas são afetados pelo trabalho, para despistar "asma ocupacional".
à luz das novas diretrizes, os clínicos deverão também certificar-se que os pacientes utilizam os inaladores de forma correta e levar a cabo um questionário para acompanhar a sua progressão.
Anna Murphy, uma consultora farmacêutica e porta-voz da Sociedade Real Farmacêutica, afirma que apesar de alguns diagnósticos estarem errados, "não existem demasiados riscos para pessoas que usem inaladores nas doses geralmente prescritas pelos médicos e farmacêuticos" e salienta que ninguém deverá interromper a medicação, sem falar com o seu médico.
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