Investigadores da Dinamarca compararam os dados relativos a 317 mulheres diagnosticadas com glioma, um tipo de cancro cerebral, e 2,126 saudáveis, todas entre os 15 e os 49 anos, ou seja, jovens o suficiente para usarem contracetivos.

Mulheres que usaram um contracetivo oral ou um dispositivo intrauterino (DIU), têm 50% mais probabilidade de desenvolver cancro de cérebro do que as mulheres que não tomam nada, concluiram. Para mulheres que usam um desses contracetivos há cinco anos ou mais, o risco aumenta para 90%. Os cientistas defendem que, no entanto, a probabilidade de alguma mulher desenvolver a doença é extremamente pequena.

Os investigadores acreditam que a explicação resida na progesterona (presente nos contracetivos), que poderá provoar um aumento da proliferação de células de glioma, mas sublinham que é impossível, para já, formar conclusões assertivas acerca da relação entre os contracetivos que contêm progesterona e o cancro cerebral.
Os cientistas defendem que, no entanto, a probabilidade de alguma mulher desenvolver a doença é extremamente pequena. Mesmo que se confirme a relação, "apenas surgiria um glioma a mais, anualmente, por cada 50 mil mulheres que tomam a pílula".