quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Identificados suspeitos de atentado em Paris, diz CNN

Internacional

Identificados suspeitos de atentado em Paris, diz CNN

Dois dos autores do ataque seriam irmãos e moradores de Paris

Jornal do Brasil
A rede de televisão americana CNN informou na noite desta quarta-feira (7) que a polícia francesa já teria identificado os três autores do atentado terrorista à sede da revista satírica Charlie Hebdo, que matou 12 pessoas pela manhã. 
Os jornais "Le Monde" e "Metro News" também divulgaram essa informação, ressaltando que dois dos suspeitos seriam irmãos. Eles teriam 32 e 34 anos, são cidadãos franceses e moram em Paris. Os nomes deles seriam Saïd e Cherif Kouachi. Os dois são franco-argelinos, e voltaram da Síria para a França neste verão.   
Dois dos suspeitos seriam Saïd e Cherif Kouachi. Os irmãos são franco-argelinos, e voltaram da Síria para a França neste verão
Dois dos suspeitos seriam Saïd e Cherif Kouachi. Os irmãos são franco-argelinos, e voltaram da Síria para a França neste verão
O outro suspeito seria Hamyd Mourad, de 18 anos, e não teria residência fixa. Sua nacionalidade é desconhecida. No ano passado, ele teria se matriculado em uma escola em Charleville-Mézières, a cerca de 50 quilômetros de Reims, nordeste da França.
Segundo a imprensa francesa, Cherif Kouachi fez parte de uma rede jihadista iraquiana desmantelada nas proximidades da capital francesa. Ele foi condenado a três anos de prisão, sendo que 18 meses da pena têm relação com acusações de terrorismo em maio de 2008.
Entre os mortos no atentado estão o diretor de redação da revista, Stéphane Charbonnier, o Charb; Jean Cabut, o Cabu; Georges Wolinski e Bernard Verlhac, o Tignous
Entre os mortos no atentado estão o diretor de redação da revista, Stéphane Charbonnier, o Charb; Jean Cabut, o Cabu; Georges Wolinski e Bernard Verlhac, o Tignous
Polícia busca os suspeitos
A Polícia francesa procura esses três suspeitos de participação no atentado à sede da revista satírica Charlie Hebdo, que deixou 12 mortos e 11 feridos, em Paris. Entre os mortos, estão dois policiais e quatro cartunistas da publicação, o diretor Stephane Charbonnier (Charb), Georgers Wolinski, Cabu (Jean Cabut) e Tignous (Bernard Verlhac). Milhares de pessoas estão reunidas na Praça da República, na capital francesa, para protestar contra o ataque. 
Homens encapuzados e vestidos de preto entraram na redação munidos com fuzis kalashnikov e gritavam "Allah u Akbar" (Alá é Grande). Os atiradores fugiram do local após trocarem tiros com policiais e, segundo o site Le Parisien, as autoridades encontraram o carro dos terroristas abandonado nos arredores de Paris.
Uma testemunha que presenciou o atentado afirmou que os terroristas "falavam francês perfeitamente" e "reivindicaram ser da Al-Qaeda". Porém, as autoridades não confirmaram a autoria do ataque.
Poucos minutos antes do massacre, a revista postou nas redes sociais uma foto satirizando o líder do grupo Estado Islâmico, Abu Bakr Al-Baghdadi. A revista Charlie Ebdo costuma satirizar o extremismo e seus líderes em suas publicações.
O presidente da França, François Hollande, disse que o ataque foi "terrorismo". "A França está em choque por um atentado terrorista porque foi isso que aconteceu", afirmou. Ele enfatizou que nas últimas semanas "vários ataques foram frustrados" pelas forças de segurança do país. Um ataque dessas proporções não era registrado desde 25 de julho de 1995, quando oito pessoas foram assassinadas em uma estação de transporte de Paris.
Em 2011, a sede da mesma publicação foi atacada após publicar uma charge do profeta Maomé e causou a ira dos grupos extremistas islâmicos.
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse que a segurança foi reforçada em todo o país, inclusive com a presença do Exército, e que um plano de emergência foi implementado na cidade de Paris e seus arredores após o ataque.
Equipes socorrem uma vítima do atentado
Equipes socorrem uma vítima do atentado
O secretário de Estado americano, John Kerry, disse que "nenhum país sabe mais que a França o preço da liberdade", o que os "extremistas temem mais do que tudo". Sobre as 12 vítimas do ataque, afirmou que "são mártires da liberdade". 
"A liberdade de expressão não pode ser assassinada por este tipo de ataque", concluiu o norte-americano, em pronunciamento oficial. 
Já o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que os EUA estão determinados a ajudar a França a prender e levar os responsáveis pelo ataque ao Charlie Hebdo à Justiça. Ele ainda destacou, em entrevista à CNN, que "a França é uma corajosa aliada e sabemos que não se intimidará com esse ato terrível".
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou que foi "um ataque horrível e injustificável". "Temos de defender a liberdade de expressão e tolerância contra todas as formas de ódio", disse.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse que sente "horror e consternação pelo atentado em Paris". "Estou totalmente próximo a François Hollande e Anne Hidalgo neste momento terrível. A violência perderá sempre contra a liberdade e a democracia".
O Vaticano também condenou o ataque em Paris. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Sé, o ataque é duplamente condenável porque é um atentado terrorista e contra a liberdade de imprensa.
Tags: atentado, francesa, moprtos, revista, terrorista

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