Em coquetel no Itamaraty, aliados ensaiavam uma rebelião
Agora à noite, no Palácio do Itamaraty, enquanto a presidente Dilma Rousseff cumprimentava os convidados, caciques políticos da base aliada já ensaiavam uma rebelião para a volta dos trabalhos no Congresso Nacional. Esse foi o clima do coquetel da posse.
Distantes da presidente Dilma, todos comentavam o loteamento político da Esplanada dos Ministérios. E demonstravam contrariedade. Um influente senador do PMDB fez questão de lembrar que no discurso, Dilma citou medidas impopulares na área econômica.
“Agora, a presidente vai precisar do Congresso passa aprovar o ajuste fiscal. Mas não será fácil. Está todo mundo insatisfeito na base aliada com esse ministério”, ressaltou esse senador.
No PMDB, o desconforto consegue ser ainda maior. O partido está desconfiado com o movimento de Dilma para criar um novo polo na base ao fortalecer o PSD de Gilberto Kassab, junto com o PR e o PP. Os três partidos ficaram com os ministérios mais disputados em obras e verbas: Cidades, Transportes e Integração Nacional.
Ao Blog, outro cacique peemedebista fez um alerta: “Esses três partidos somam cerca de 100 deputados. Essa trinca não sustenta o governo. Só no Senado, o PMDB tem quase um quarto dos parlamentares. Se Dilma pensa que vai deixar o PMDB num segundo plano, vai ter surpresas no Congresso”.
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