- 29/03/2018
O ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi foi preso em Ribeirão Preto pela Polícia Federal, durante a Operação Skala. O chefe de gabinete da Presidência da Codesp na época de Rossi, Milton Elias Ortolan, também foi detido.
A operação prendeu ainda outro nome relacionado ao Porto de Santos, o empresário Antônio Celso Grecco, presidente do Grupo Rodrimar. O advogado José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer, também foi preso nesta manhã, assim como o coronel da PM reserva João Batista de Lima Filho, o coronel Lima.
Wagner Rossi ocupou o cargo de presidente da Codesp entre 24 de abril de 1999 e 9 de novembro de 2000. Neste período, o hoje presidente Michel Temer atuava como presidente da Câmara dos Deputados e presidente nacional do PMDB, em São Paulo.
Em maio do ano passado, Rossi foi citado na delação premiada do empresário Joesley Batista. O executivo do Grupo JBS também citou Ortolan.
De acordo com Batista, Rossi e Ortolan receberam mensalinhos de R$ 100 mil e R$ 20 mil, respectivamente. Os pagamentos teriam sido feitos após a saída dos dois da Docas.
Ligação com Temer
Em sua delação, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Batista afirmou que conheceu o presidente da República, Michel Temer, por intermédio de Rossi. Foi na época em que o ex-presidente da Codesp atuava como ministro da Agricultura, em abril de 2010, no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O dono da JBS declarou que logo nas primeiras interações, Rossi expôs sua ligação com Temer. E informou que o pagamento de “mensalinhos” só foi iniciado anos mais tarde, quando Rossi deixou a pasta da Agricultura. Joesley, no entanto, destacou que os recursos foram entregues a pedido do presidente Michel Temer.
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