- 29/03/2018
A Secretaria da Segurança Pública do Paraná emitiu nota sobre os tiros contra os ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em que diz que o roteiro e o cronograma do grupo foram alterados sem que a polícia fosse informada.
“Não houve qualquer pedido formal de escolta da caravana do ex-presidente nem o próprio ex-presidente, embora ele tenha esta prerrogativa. Tanto é que o paradeiro dele é incerto e não sabido. Cabe ressaltar que houve alteração, por parte dos organizadores da caravana, do roteiro e do cronograma que foram informados previamente às forças de segurança do Estado do Paraná”, diz o comunicado.
O episódio ocorreu na terça-feira (27), no deslocamento da caravana entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, na região sudoeste do Estado. Dois ônibus que transportavam assessores e convidados foram atingidos por tiros.
A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) usou o tribuna do Senado nesta quarta-feira para criticar a polícia paranaense.
— Apesar de o percurso dos ônibus da caravana ter sido comunicado previamente às forças de segurança pública, no sentido de ser garantida a escolta policial durante todo o trajeto, a escolta policial não foi garantida. Diferentemente, inclusive, do ocorrido no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Dessa forma, milicianos fascistas sentiram-se livres para atentar contra a vida do ex-presidente Lula e contra todas as vidas que estavam dentro daquele ônibus.
A Polícia Civil do Paraná disse que abriu inquérito para apurar o caso e que equipes já estão em Laranjeiras do Sul. O Instituto de Criminalística periciou os veículos e deverá emitir um laudo nos próximos dias.
“A Polícia Militar do Paraná reforçou o policiamento em todos os locais indicados pelos representantes da caravana, onde seriam realizadas as manifestações com a presença do ex-presidente Lula”, acrescenta o posicionamento.
A caravana do ex-presidente Lula termina nesta quarta-feira em Curitiba (PR), após dez dias percorrendo os três Estados do Sul do Brasil. Por onde passou, o petista foi alvo de protestos, que incluíram ovadas e pedradas.
O presidente Michel Temer e o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, condenaram o ato contra a caravana.
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