Objetivo é coletar material, durante todo o ano, para ajudar mulheres que desejam ter filhos sozinhas, bem como casais homoafetivos
27/03/2018 19:40 , atualizado em 27/03/2018 19:54
Aos 44 anos, Patrícia tenta realizar um sonho: ser mãe. Esse desejo teve início ano passado, após o término de um relacionamento. Com o rompimento, ela ficou determinada a tentar, sozinha, ter uma família. Em janeiro de 2018, Patrícia optou por receber uma doação de sêmen, a fim de passar por um procedimento de fertilização para engravidar.
O material genético que possibilitou a primeira tentativa de gravidez de Patrícia vem de um banco de sêmen da clínica Fertilcare. Localizada em Brasília, a unidade de saúde realiza pela primeira vez campanha de coleta do material para proporcionar uma possível “produção independente” a mulheres que desejam ter filhos sozinhas. O serviço também é voltado para casais homoafetivos.
“Decidi ser mãe ano passado. Fiquei sabendo do banco de sêmen por uma médica que conheço. Resolvi visitar o local e me informei sobre o assunto. Antes de iniciar o tratamento, soube de características físicas do doador. Esse processo me animou”, comemorou Patrícia. “Fiz a primeira tentativa no começo do ano, mas perdi o bebê. Nem toda tentativa dá certo até o final. Mas quero tentar de novo. Tenho certeza que essa alternativa vai me aproximar da realização do meu sonho”, completou.
A diretora da Fertilcare, Beatriz de Mattos, explica que a campanha para recolhimento de sêmen acontecerá até o fim deste ano. “Somos os primeiros a fazer esse tipo de trabalho em Brasília. Nosso objetivo é ajudar as pessoas a transformarem sonhos em vidas”, disse.
“A ação começou em janeiro, mas recebemos um volume considerável de ligações de pessoas interessadas em se tornar doadoras. Também fomos procurados por casais héteros e homossexuais que querem ter filhos, mas têm dificuldade, bem como por mulheres interessadas em dar início a uma produção independente”, detalhou a especialista.
Aos 44 anos, Patrícia tenta realizar um sonho: ser mãe. Esse desejo teve início ano passado, após o término de um relacionamento. Com o rompimento, ela ficou determinada a tentar, sozinha, ter uma família. Em janeiro de 2018, Patrícia optou por receber uma doação de sêmen, a fim de passar por um procedimento de fertilização para engravidar.
O material genético que possibilitou a primeira tentativa de gravidez de Patrícia vem de um banco de sêmen da clínica Fertilcare. Localizada em Brasília, a unidade de saúde realiza pela primeira vez campanha de coleta do material para proporcionar uma possível “produção independente” a mulheres que desejam ter filhos sozinhas. O serviço também é voltado para casais homoafetivos.
“Decidi ser mãe ano passado. Fiquei sabendo do banco de sêmen por uma médica que conheço. Resolvi visitar o local e me informei sobre o assunto. Antes de iniciar o tratamento, soube de características físicas do doador. Esse processo me animou”, comemorou Patrícia. “Fiz a primeira tentativa no começo do ano, mas perdi o bebê. Nem toda tentativa dá certo até o final. Mas quero tentar de novo. Tenho certeza que essa alternativa vai me aproximar da realização do meu sonho”, completou.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), por trás de 40% dos casos de dificuldade de gravidez está a infertilidade masculina. E essa realidade tem impulsionado cada vez mais pessoas em todo o mundo a procurarem um banco de sêmen para coletar e armazenar o material, bem como a recorrerem ao estoque dessas instituições a fim de se submeterem a um procedimento de fertilização.
De acordo com estudo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a busca por bancos internacionais, por exemplo, cresceu 2.500% entre 2011 e 2016. O levantamento também indica que os brasileiros preferem adquirir o material genético no exterior, pois recebem informações mais detalhadas sobre o biótipo do futuro bebê. Vale esclarecer que a venda de sêmen é proibida no Brasil, mas esse tipo de comércio é possível em alguns países.
Quem pode doar?Gabriel, 28 anos, é solteiro e não tem filhos. Ele decidiu participar da campanha de doação de sêmen da clínica Fertilcare para ajudar outras pessoas que não conseguem dar início a uma família de forma natural. “Para mim, não custa nada ajudar! Ainda não doei por falta de tempo, mas quero poder colaborar”, afirmou. “Acredito que esse trabalho é muito sério. Espero que todos os interessados possam conseguir realizar o sonho de ter filhos”, destacou.
Para tonar-se doador, é preciso ter entre 18 e 50 anos. Se aprovado em uma entrevista inicial, o candidato deve estar em abstinência sexual ou de ejaculação de três a sete dias antes de realizar a coleta do sêmen. Em seguida, o material é analisado e o doador é submetido a exames de sangue para verificar a possibilidade de doenças sexualmente transmissíveis. O voluntário também passa por uma avaliação genética. Segundo a especialista Beatriz de Mattos, a bateria de testes é uma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Após esse processo, o doador deve coletar o material genético por aproximadamente seis meses, para congelamento. Posteriormente, o participante retorna ao laboratório para realizar novos exames de sangue. Beatriz de Mattos destaca que a doação é anônima e segue resoluções do Conselho Federal de Medicina e da Anvisa.
As receptoras não terão qualquer informação sobre o doador, assim como os doadores não saberão a quem seu sêmen foi destinado. A pessoa responsável pela doação também não terá acesso a esse sêmen no futuro, caso deseje"
Beatriz de Mattos explica ainda que, para o material ser usado em técnicas de reprodução humana, o receptor se comprometerá apenas com os custos dos exames realizados no doador.
Seja doador
A campanha da Fertilcare será realizada até o fim deste ano. Para participar, o candidato a doador precisa primeiramente agendar uma consulta pelo telefone: (61) 3248-0101.
Aqui você confere como o material coletado é testado e armazenado:
https://youtu.be/YuUZ35XYqwQ
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