sexta-feira, 30 de março de 2018

Após prisão de amigos, Temer cancela viagem a SP e fica em Brasília






O presidente vai passar o feriado da Páscoa na capital federal. Na agenda oficial, não há compromissos, mas ele se reuniu com advogado


Michael Melo/Metrópoles

Sara Alves


Michel Temer (MDB) abortou os planos de passar o feriado de Páscoa em São Paulo. O cancelamento aconteceu após a prisão de aliados e amigos pessoais do presidente da República no âmbito da Operação Skala, deflagrada nessa quinta-feira (29/3).
No site do Palácio do Planalto, a agenda oficial do emedebista não registra nenhum compromisso para o fim de semana. Entretanto, ele permanecerá em Brasília e se reuniu, nesta sexta (30), com o advogado criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira no Palácio da Alvorada. Também se encontrou com os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral), Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) e Gustavo Rocha (Direitos Humanos e Subchefia de Assuntos Jurídicos). Eles avaliam a repercussão política e jurídica das prisões.

A pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a PF prendeu o advogado José Yunes e o coronel reformado da PM João Baptista Lima Filho, ambos amigos pessoais de Temer. A operação também colocou atrás das grades Wagner Rossi, ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo, e o empresário Antônio Celso Grecco, dono da empresa Rodrimar. Eles são suspeitos de participarem de um esquema corrupto no Porto de Santos há mais de 20 anos.
A operação foi vista nos bastidores como um indicativo de que Dodge poderá apresentar nova denúncia contra o chefe do Executivo nacional. Se isso ocorrer, as pretensões eleitorais de Temer seriam minadas, segundo avaliação do Planalto. Ele teria novamente de se dedicar a barrar o avanço da investigação na Câmara.


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