"A maioria do dinheiro proveniente do crime tem de passar pelo setor financeiro”, diz Aurora Teixeira.
Perante esta análise, revelada pelo Jornal de Notícias, aquele organismo afirma que há uma tendência de crescimento deste tipo de crime que se situa entre três a quatro milhões de euros anuais.
O Obegef refere que vários relatórios de universidades, observadores independentes e internacionais apontam para o aumento do chamado crime de “colarinho branco” uma vez que o setor financeiro é aquele que surge mais associado à evasão fiscal e ao branqueamento de capitais no quadro de atos de corrupção, entre outros ilícitos criminais.
Para Aurora Teixeira do Obegef, o crime económico acaba por interligar muitas atividades. E explica : “digo muitas vezes que o tráfico de droga tem também a vertente económica e dou como exemplo o branqueamento de capitais”.
Para a investigadora o próprio terrorismo, que é financiado pelo tráfico de pessoas ou de estupefacientes e pelo branqueamento de capitais, abarca o crime económico.
Neste contexto,Aurora Teixeira disse ainda ao Jornal de Notícias que “o combate ao crime económico passa pelo combate ao terrorismo" tendo ainda adiantado que a “maioria do dinheiro proveniente do crime tem de passar pelo setor financeiro”.
Depois da área financeira,seguem-se as atividades ligadas às tecnologias de informação e comunicação onde se registam várias “fraudes” ou “burlas” com cartões bancários.
No setor da venda a retalho predomina a “manipulação” de preços ou a “ausência” de declaração ao fisco.
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